Astrónomos detetam um “tsunami” de ondas gravitacionais

NASA / Wikimedia

A espiral da morte de dois buracos negros que se fundem

Uma equipa de cientistas revelou o maior número de ondas gravitacionais já detetadas. As suas descobertas poderão ajudar a resolver alguns dos mistérios mais complexos do Universo.

O estudo, que já pode ser encontrado no site ArXiv, fez 35 novas deteções de ondas gravitacionais, tendo usado para isso os observatórios LIGO e Virgo entre novembro de 2019 e março de 2020. Isto eleva o número total de deteções para 90, após três observações entre 2015 e 2020.

As novas deteções são de eventos cósmicos massivos, a maioria deles a muitos mil milhões de anos-luz de distância, que lançam ondas através do espaço-tempo. Entre elas estão 32 pares de buracos negros que se estão a fundir e provavelmente três colisões entre estrelas de neutrões e buracos negros.

Em comunicado, Susan Scott, professora do Centro de Astrofísica Gravitacional da Universidade Nacional da Austrália envolvida na pesquisa, disse que estas últimas descobertas são uma espécie de “tsunami” e representam um “grande salto na procura por desvendar os segredos da evolução do Universo”.

“Estas descobertas representam um aumento dez vezes maior no número de ondas gravitacionais detetadas pelo LIGO e Virgo desde que começaram as observações”, disse.

“Detetámos 35 eventos. É muito! Na nossa primeira observação, que durou quatro meses entre 2015 e 2016, fizemos apenas três deteções”, comparou.

“Esta é realmente uma nova era para a deteção de ondas gravitacionais e a crescente quantidade de descobertas está a revelar muitas informações sobre a vida e a morte de estrelas em todo o Universo”, declarou na mesma nota.

ZAP //

Siga o ZAP no Whatsapp

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.