No livro de memórias Little Sister, que será publicado na próxima semana, a irmã de Natalie Wood revela que a atriz terá sido abusada sexualmente por Kirk Douglas, quando tinha apenas 16 anos.
O rumor sobre uma alegada violação violenta na primavera de 1954 já circula há décadas em Hollywood.
Excertos do livro de memórias, a que a Associated Press teve acesso, dizem que tudo aconteceu no verão de 1955, depois de Lana, então com oito anos, e a mãe de ambas, Maria Zakharenko, terem deixado a atriz no hotel Chateau Marmont, em Los Angeles.
Lana Wood conta que o encontro entre as estrelas de Hollywood tinha sido organizado pela sua mãe, que tinha a esperança de que Kirk Douglas pudesse ajudar a abrir portas à jovem, na altura com 16 anos.
O ator, com 39 anos, era já um dos mais famosos e influentes da indústria cinéfila norte-americana, tendo protagonizado filmes como Spartacus, The Bad and the Beautiful e Gunfight at the O.K. Corral.
No livro, Lana Wood lembra que o encontro durou “muito tempo” e que quando a jovem atriz voltou a estar com a família, “estava horrível” e “zangada”.
“Alguma coisa má tinha aparentemente acontecido, mas – o que quer que fosse – eu era muito jovem”, assume a irmã da atriz.
Na altura, Lana tinha apenas oito anos. Nas memórias, conta que só em adultas é que discutiram o que se passou naquela noite.
Natalie Wood terá entrado no hotel e, já na suite do ator, terá sido abusada sexualmente. “Ele magoou-me“, lembra da conversa com a irmã, que ficou “confusa” e “assustada” com o que se passou.
Tanto Natalie como a sua mãe concordaram que acusar publicamente Kirk Douglas iria arruinar a carreira da jovem atriz.
O segredo foi agora revelado e Lana Wood tem a certeza que será perdoada por “quebrar a promessa” que fez à sua irmã, na altura, de nunca o contar.
O filho de Douglas reagiu às memórias de Lana Wood, mas não teceu qualquer comentário. “Que descansem os dois em paz”, referiu, em comunicado.
Violação violenta não é uma redundância?
Claro que é, Toino! Mas nunca é demais “redundar” a propósito de um acto tão repugnante! Quantos “me too” ficarão no esquecimento? É pena que essa sub- espécie de homens esqueçam que foi uma mulher que lhes deu a vida e que não gostariam de ser o resultado de uma relação tão abjecta, tão vil assim!!
A mãe abriu, de facto, as portas à filha… não foi ela a pagar o preço…