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Portugal 5-0 Luxemburgo | Manita com três de Cristiano

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António Cotrim / Lusa

Goleada das grandes. Portugal recebeu o Luxemburgo e não permitiu as mesmas dificuldades do jogo da primeira volta.

Aos 17 minutos a formação das “quinas” já vencia por 3-0, com duas grandes penalidades a ajudar, e só na segunda parte os outros dois tentos surgiram, construindo uma vitória folgada de 5-0 que dá uma vantagem importante de golos marcados em relação à Sérvia, segunda classificada do Grupo A, que ganhou 3-1 ao Azerbaijão em casa.

Cristiano Ronaldo, com um “hat-trick”, Bruno Fernandes e João Palhinha fizeram os golos da seleção nacional.

O jogo ficou praticamente decidido nos primeiros 17 minutos. A fragilidade defensiva do Luxemburgo deu para os visitantes cometerem duas grandes penalidades, uma sobre Bernardo Silva, outra sobre Cristiano Ronaldo.

O capitão Cristiano Ronaldo converteu os dois castigos máximos, aos 8 e 13 minutos. Bernardo voltou a fazer das suas aos 17, servindo Bruno Fernandes para o 3-0, num belo remate cruzado.

Extraordinária foi a competência portuguesa no ataque. A formação lusa fez oito remates na primeira metade e enquadrou sete, construindo seis ocasiões flagrantes para marcar.

Este jogo tinha tudo para ser de sentido único e foi mesmo até ao fim. Portugal continuou a atacar com tudo, mas com um pouco menos eficácia no remate, chegando ao 4-0 por João Palhinha, aos 69 minutos, ao nono remate, mas apenas o terceiro com boa direcção, desde o intervalo.

O oitavo disparo foi de Cristiano, num incrível pontapé de bicicleta que o guarda-redes Anthony Moris travou com uma defesa de grande qualidade.

Só que aos 87 já não travou CR7, que cabeceou para o quinto da noite ao 19º remate, 11º na direcção da baliza.

Os números finais não deixam margem para dúvidas: 21 remates contra três, 11 enquadrados para dois, 36 acções com bola na área do Luxemburgo, oito somente na de Portugal. Só podia dar goleada.

Melhor em Campo

Só podia ser Cristiano Ronaldo o MVP. Bom, não é bem assim, mas pela forma como decorreu a partida, o desfecho era esperado.

O capitão terminou com um Goalpoint Rating de 8.7, uma vez que marcou três golos, sendo dois obtidos da marca dos 11 metros.

O jogador do Manchester United foi o mais rematador da partida, com sete disparos, cinco enquadrados, criou uma ocasião flagrante e somou o máximo de acções com bola na área contrária, nada menos que 12, mais oito que qualquer outro jogador.

Se aquela “bicicleta” entrasse, e não fossem duas flagrantes falhadas…

Destaques de Portugal

João Palhinha 8.3 – Não muito longe de Ronaldo nos ratings ficou João Palhinha, dono de uma exibição de encher o olho no Estádio Algarve. Além do golo que marcou, de cabeça, o “trinco” foi o segundo mais rematador (4), acertou 29 dos 31 passes que fez, completou as três tentativas de drible e somou o número máximo de recuperações de posse (12) e desarmes (7). Pena a flagrante falhada.

Bernardo Silva 7.0 – O médio começou o jogo em alta rotação e arrancou logo uma grande penalidade, que deu o 1-0. Em cima dos 17 minutos fez a assistência para o golo de Bruno Fernandes. Tal como Ronaldo e Palhinha também desperdiçou uma ocasião flagrante, mas juntou à sua exibição mais três dribles eficazes em cinco.

Nuno Mendes 6.4 – Bela jogatana do miúdo do PSG, em especial a atacar. Ao todo foram três passes para finalização, todas criando ocasiões de golo desperdiçadas pelos colegas (expected assists xA de 1,4).

André Silva 6.4 – A presença do avançado do Leipzig liberta Cristiano de marcações em excesso. André Silva fez três remates e desta vez não marcou, falhando mesmo uma flagrante, mas criou uma e esteve muito bem a distribuir jogo no último terço.

João Cancelo 6.1 – Menos efectivo que Nuno Mendes no outro flanco na criação de ocasiões de golo, o lateral do City completou, ainda assim, cinco de sete tentativas de drible, máximo do jogo.

Rúben Dias 6.1 – O central não teve muito trabalho, mas quando teve foi um elemento seguro. Assim, teve tempo para subir no terreno, tendo enquadrado os dois remates que fez, e desperdiçou uma flagrante. No passe esteve competente, com 95% de eficácia global.

Pepe 6.0 – Uma noite à semelhança da que teve Rúben Dias, com o central do Porto a criar uma flagrante e a completar 68 passes, o máximo da partida.

Bruno Fernandes 6.0 – Menos em jogo do que é costume, Bruno fez, ainda assim, um golo e uma assistência, falhando também ele uma ocasião flagrante.

Rúben Neves 5.8 – O médio rendeu Palhinha para os últimos 20 minutos e, nesse período, fez uma assistência.

João Moutinho 5.7 – O jogador do Wolves foi titular e criou uma ocasião flagrante em três passes para finalização, teve sucesso em dois de quatro cruzamentos de bola corrida e fez cinco recuperações de posse.

João Mário 5.1 – Discreto, o médio do Benfica jogou pouco menos de meia-hora e completou 17 de 18 passes.

Destaques do Luxemburgo

Chanot 5.4 – O melhor do Luxemburgo e o único com nota positiva. Em 43 passes completou 41, ganhou os dois duelos aéreos defensivos em que participou e fez dois bloqueios de remate.

Gerson Rodrigues 4.0 – O extremo luxemburguês nascido em Portugal desta feita não marcou nem esteve inspirado, desperdiçando uma ocasião flagrante.

Resumo

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2 Comments

  1. Uma exibição medíocre de uma selecção que já nem consegue disfarçar a incapacidade de vencer uma equipa do Top-15 do ranking FIFA. A cada jogo, menos qualidade, uma geração de elite sacrificada aos recordes e ao marketing de um eucalipto que tudo seca.

    • Concordo. Até poderia ter ganhado (sim, é ter ganhado e não ter ganho) por 30 a 0 que a exibição não foi de facto boa. A equipa não tem sistema de jogo, é tudo lento e denunciado. Dá para estes mas não chega para seleções como Espanha e por aí fora.

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