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Boris garante que o pior da crise de combustíveis já passou – mas Governo continua a tomar medidas

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson

Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, referiu que a crise dos combustíveis que se instalou no país está a “estabilizar”, estando prestes a chegar ao fim.

“A situação está a estabilizar e as pessoas devem estar confiantes e fazer a sua vida normal”, referiu o chefe do Executivo britânico numa entrevista dada esta terça-feira.

A escassez de camionista no país tem levado a um défice de abastecimento dos postos de combustível e a uma subsequente corrida às gasolineiras.

As filas de carros para abastecer têm sido uma constante, com o presidente da Associação de Postos de Gasolina (PRA) britânica a falar numa situação de “pânico” por parte dos automobilistas.

Perante o sucedido, Boris Johnson reconheceu a “frustração” dos automobilistas, mas sublinhou que a situação está a melhorar, rejeitando a ideia de que o Governo pudesse estar a colocar em marcha um plano para dar prioridade no abastecimento a trabalhadores essenciais.

Ainda assim, o governante admitiu que a situação pode não estar ainda resolvida até ao Natal, sublinhando a necessidade de “tratar de todas as preparações necessárias” até lá.

Segundo o The Guardian, atualmente, o Reino Unido enfrenta um défice de cerca de 90 mil condutores de pesados, sendo que esta situação pode ter efeitos na quantidade de bens importados disponíveis no país ao longo dos próximos meses.

Embora Boris Johnson tenha tentado acalmar os britânicos, a verdade é que o Governo já está a pôr em marcha planos para lidar com a crise.

Na mesma noite da entrevista, o ministério da Defesa autorizou que 150 condutores do Exército, com formação de pesados, de acordo com informação de uma fonte do ministério à Sky News. “É altamente provável” que estes condutores comecem a transportar combustível nos próximos dias, acrescentou a mesma fonte.

De recordar que o Governo também decidiu dar vistos temporários a camionistas.

As medidas pós-Brexit adotadas pelo Governo do Reino Unido tornaram muito mais difícil para as empresas britânicas contratar trabalhadores europeus, tal como muito mais caro fazerem negócios com os maiores parceiros comerciais do país.

ZAP //

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