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Pentágono confirma: Ataque matou “dois membros importantes” do ISIS-K

Anuradha Sengupta / Flickr

Cabul, Afeganistão

O Pentágono anunciou, este sábado, ter matado “dois elementos importantes” do Estado Islâmico, no ataque com um avião não tripulado no Afeganistão.

“Posso confirmar, agora que já recebemos mais informação, que dois alvos importantes do Estado Islâmico foram mortos e um ficou ferido”, afirmou o general norte-americano Hank Taylor, sem referir os nomes, mas especificando que um era um estratega e outro um operacional. Um outro membro do grupo terrorista islâmico ficou ferido, indicou.

Os Estados Unidos tinham até agora referido apenas a morte de um membro do Estado Islâmico no ataque desencadeado em represália contra o atentado terrorista que na quinta-feira matou pelo menos 170 pessoas, incluindo 13 soldados norte-americanos, junto ao aeroporto de Cabul, onde se concentram os esforços de retirada de civis e militares face ao avanço dos fundamentalistas talibãs.

O ataque com um drone na província afegã de Nangarhar, lançado de fora do Afeganistão, foi autorizado pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, e a ordem partiu do secretário da Defesa, Lloyd Austin, afirmou um representante do Pentágono à agência Associated Press.

“Eram estrategas e facilitadores do ISIS-K. Não darei mais pormenores sobre estes indivíduos e quais possam ser os seus papéis específicos. Temos a capacidade e os meios antiterroristas e vamos defender-nos”, afirmou o porta-voz do Pentágono John Kirby.

Na quinta-feira, Joe Biden declarou que os responsáveis pelo ataque ao aeroporto não conseguiriam esconder-se: “Vamos apanhar-vos e fazer-vos pagar”, ameaçou.

Os Estados Unidos retiraram 6800 pessoas do Afeganistão nas últimas 24 horas em voos militares norte-americanos e da Aliança Atlântica, afirmou fonte da Casa Branca.

Apesar da ameaça que paira sobre o aeroporto de Cabul de mais atentados terroristas, embarcaram quatro mil refugiados em 32 aviões norte-americanos e outros 2800 saíram em aviões da NATO.

Desde 14 de agosto, os Estados Unidos retiraram 111.900 pessoas do país.

Na sexta-feira, os conselheiros de segurança nacional do Presidente norte-americano, Joe Biden, informaram-no de que os últimos dias dos militares norte-americanos nos Estados Unidos, cuja data de saída é dia 31, poderiam ser “os mais perigosos até agora” e que persiste a possibilidade de um novo ataque terrorista.

Os talibãs conquistaram Cabul a 15 de agosto, concluindo uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO.

As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista (1996-2001), que acolhia no território o líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.

A tomada da capital pôs fim a uma presença militar estrangeira de 20 anos no Afeganistão, dos Estados Unidos e aliados na NATO, incluindo Portugal.

ZAP // Lusa

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