Gary Coronado / EPA
Farmacêutica norte-americana admitiu que a possível contaminação aconteceu numa fábrica em Espanha e que só algumas doses que seguiram para o Japão deverão ter sido afetadas.
O Japão retirou 1,63 milhões de doses da vacina da Moderna contra a covid-19, depois de encontradas impurezas em três lotes distribuídos no país. O grupo farmacêutica japonês Takeda, responsável por importar e distribuir a vacina da Moderna no país, revelou ter recebido informações de vários centros de vacinação, as quais apontavam para a presença de “corpos estranhos” nas embalagens de vacinas seladas e de lotes específicos.
“Depois de consultas com o Ministério da Saúde, decidimos suspender a utilização da vacina” daqueles lotes, a partir desta quinta-feira, afirmou o grupo, que também solicitou um “inquérito urgente” à farmacêutica norte-americana. Sem serem providenciados mais esclarecimentos relativos à natureza das impurezas detetadas, a Takeda também não revelou mais informações sobre possíveis riscos para a saúde relacionados com as doses em causa.
O Ministério da Saúde japonês também já fez saber que irá cooperar com a Takeda para proceder à distribuição de doses alternativas de forma a evitar uma interrupção do plano de vacinação, que nos últimos meses acelerou, segundo o Público.
À agência Reuters, a Moderna confirmou ter sido notificada da suspensão, mas afasta qualquer possibilidade de a segurança ou da eficácia das vacinas terem sido afetada e algum problema identificado. “A empresa está a investigar e continua empenhada em trabalhar rapidamente com a sua parceira, a Takeda, e os reguladores do país para resolver a questão.
Posteriormente, a farmacêutica também também sugeriu que a contaminação pode ter sido provocado por um problema de fabricação numa das linhas de produção da farmacêutica Rovi, em Espanha, e que a potencial contaminação perece circunscrita a alguns lotes que seguiram para o Japão.
