Líder dos Proud Boys condenado a prisão por queimar bandeira Black Lives Matter e por crime de armas

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Mário Cruz / Lusa

Enrique Tarrio, líder do grupo “Proud Boys”, posa para a fotografia durante a manifestação “Latinos for Trump”.

Enrique Tarrio, líder dos Proud Boys desde 2018, foi condenado a cinco meses de prisão por ter destruído a propriedade de uma igreja e por estar em posse de munições proibidas em Washington.

Enrique Tarrio, foi condenado a cinco meses e cinco dias de prisão por ter queimado uma bandeira do movimento Black Lives Matter e por ter levado high capacity magazines – armas do estilo militar que contém mais munições do que armas normais – para Washington dois dias antes da invasão ao Capitólio.

O líder do grupo de extrema-direita Proud Boys disse numa videoconferência em tribunal estar “profundamente arrependido” das suas acções, descrevendo-as como um “erro muito grave”, escreve a Sky News.

Tarri lidera os Proud Boys desde 2018 e foi parte de um grupo que roubou e queimou uma bandeira do movimento Black Lives Matter que estava numa igreja de Washinton a 12 de Dezembro do ano passado, depois de um comício em apoio a Donald Trump.

O homem de 39 anos foi preso quando regressou à capital americana a 4 de Janeiro, pouco antes da invasão ao Capitólio onde membros dos Proud Boys também marcaram presença, e estava em posse de munições que estão banidas pela leis de controlo de armas na cidade.

Tarrio argumentou que as munições, que tinham o logótipo dos Proud Boys, eram para um cliente que as tinha comprado. O líder da organização foi depois ordenado a sair de Washington.

A reverenda Dr. Ianther Mills, da igreja onde estava a bandeira, disse em tribunal que a destruição foi “um acto de intimidação e racismo” que “causou danos imensuráveis e possivelmente irreparáveis” na comunidade.

Enrique Tarrio confessou em Julho aos crimes de destruição de propriedade e tentativa de posse de um dispositivo de altas munições. O juiz afirmou que o acusado merecia mais tempo de prisão do que os três meses que os procuradores tinham pedido e disse

“O Sr. Tarrio claramente – intencionalmente e com orgulho – atravessou a linha entre um protesto e reunião pacíficos para uma conduta criminal perigosa e potencialmente violenta”, afirmou o juiz Harold Cushenberry.

Os Proud Boys são um grupo de extrema-direita que se descreve como um clube para homens politicamente incorrectos e para “chauvinistas ocidentais“. Membros do grupo já estiveram envolvidos em vários confrontos com activistas anti-fascistas ou durante os protestos do movimento Black Lives Matter no Verão passado. As autoridades estão também a investigar ligações do grupo à insurreição no Capitólio.

AP, ZAP //

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2 Comments

  1. Este personagem deixa-me um pouco baralhado…
    Então temos um moreno, cubano a lutar pela supremacia branca nos EUA?!!!!
    Falta-me aqui qualquer coisa nesta linha de pensamento.

    • Podes queimar a bandeira dos EUA (é um mero protesto) , mas ai de alguém que queime uma bandeira BLM ou LGTQ.
      Esquerdistas andam sempre com os valores em marcha atras..

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