Caso a civilização entre em colapso – uma possível consequência das alterações climáticas – os cientistas já descobriram qual o lugar do mundo onde há maior probabilidade de sobreviver: é na Nova Zelândia.
Numa pesquisa, dois professores da Anglia Ruskin University tentaram perceber quais seriam os melhores países para servir como “botes salva-vidas” caso o planeta entrasse em colapso. O estudo foi publicado em julho na revista Sustainability.
Neste sentido, os investigadores fizeram uma lista de países que poderiam ser candidatos ao título. Assim, comparam a Austrália, Islândia, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido.
Os países da lista foram escolhidos por serem ilhas, portanto, mais propensos a isolar-se de um colapso geral. Todos se caraterizam também por serem grandes o suficiente para manter uma sociedade, caso esta perca a oportunidade de comércio.
Ao analisar múltiplas variáveis, os especialistas perceberam que a nova Zelândia tinha aquilo a que chamam de “maior potencial para formar um ‘nó de complexidade persistente’”, cita o IFLScience.
A Islândia, Irlanda, e o norte da Austrália também são locais promissores, assim como a Tasmânia.
Por sua vez, “o Reino Unido apresenta um quadro mais complexo e tem potencialmente características menos favoráveis em geral”, relata o estudo.
A ideia de que a Nova Zelândia poderia ser o refúgio ideal em caso de colapso da sociedade também é partilhada por alguns dos maiores milionários do mundo, que chegaram a comprar propriedades no país como forma de garantia caso algo aconteça.
Esta tendência contribuiu para que os preços das casas disparassem no país, levando o Governo a proibir a compra de casas por não residentes.
Mas há um problema…
Apesar de a Nova Zelândia ser o lugar ideal para sobreviver a um colapso, apresenta uma falha que poderia comprometer a sociedade – tal como três dos outros países analisados. Os investigadores perceberam que os Estados não são auto-suficientes em petróleo, sendo que apenas o Reino Unido possui uma quantidade substancial do combustível.
Todos os outros países precisariam de encontrar formas alternativas de administrar as suas frotas de transporte – caso o colapso global tornasse as importações impossíveis.
De acordo com o estudo, esperam-se “mudanças significativas nos próximos anos e décadas. O impacto das mudanças climáticas, incluindo o aumento da frequência e intensidade das secas e inundações, temperaturas extremas e maior movimento da população, pode ditar a gravidade dessas mudanças”, referiu Aled Jones, um dos autores do estudo, em comunicado.
“Além de analisarmos quais seriam os países mais adequados para sobreviver ao tal colapso (…), o nosso estudo visa destacar ações para abordar os fatores interligados de mudanças climáticas, capacidade agrícola, energia doméstica, capacidade de fabricação e o excesso de confiança na complexidade são necessários para melhorar a resiliência das nações que não têm as condições iniciais mais favoráveis”, pode ler-se.
E as consequências das alterações climáticas são devidas a abuso e descontrolo da natalidade por parte dos humanos, portanto parecem recusar-se a reconhecer o erro, nesse caso o desastre está cada vez mais próximo!