As comunicações telefónicas estavam cortadas entre as duas Coreias desde junho de 2020, mas os dois países retomaram os contactos esta terça-feira.
As duas Coreias retomaram esta terça-feira a comunicação telefónica 13 meses depois de ter sido cortada unilateralmente pelo Norte em protesto contra o envio de propaganda antiregime por ativistas do Sul.
Os dois vizinhos, tecnicamente ainda em guerra desde o fim da Guerra da Coreia (1950-53), decidiram retomar os contactos telefónicos a partir das 10h00 (02h00 em Lisboa), disse, em comunicado, o porta-voz da Presidência da Coreia do Sul, Park Soo-hyun.
O Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, trocaram várias cartas, desde abril, para discutir o restabelecimento das relações intercoreanas”, de acordo com a mesma nota.
O comunicado acrescentou que “os dois também concordaram em restabelecer a confiança mútua entre as duas Coreias o mais rapidamente possível e fazer novos progressos na relação bilateral”.
A agência noticiosa estatal da Coreia do Norte, a KCNA, também divulgou o restabelecimento das comunicações e da correspondência entre os líderes dos dois países.
A KCNA indicou que “toda a nação coreana deseja ver a relação Norte-Sul recuperar dos reveses e da estagnação” e que o reinício das trocas “terá efeitos positivos na melhoria e no desenvolvimento das relações Norte-Sul”.
A 9 de junho do ano passado, Pyongyang suspendeu as comunicações telefónicas com o Sul, argumentando que Seul não tinha feito o suficiente para impedir o envio de balões de propaganda a partir do seu território.
Pouco depois, Pyongyang destruiu o edifício do gabinete de ligação intercoreano local e bloqueou o diálogo entre os dois países, retomado em 2018, menos de um ano depois de Moon se ter tornado Presidente na Coreia do Sul.
O restabelecimento da comunicação surgiu depois de o regime de Pyongyang ter passado mais de um ano em extremo isolamento a tentar combater a pandemia da covid-19 e de ter admitido recentemente uma “crise alimentar”, agravada pela onda de calor que atingiu a península coreana nas duas últimas semanas.
// Lusa
Pois, a fome lá pelo norte deve começar a apertar e há que se rebaixar um pouco deixando o orgulho comunista um pouco mais de parte porque esse não enche barrigas!