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Sociedade Portuguesa de Matemática pede mais vagas no acesso ao Superior. Exame foi “mais difícil”

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Rodrigo Antunes / Lusa

O exame de Matemática A do 12.º ano, realizado na manhã de terça-feira, foi mais difícil do que o de 2020, segundo a Associação de Professores de Matemática e a Sociedade Portuguesa de Matemática.

Teresa Moreira, representante da associação de professores da disciplina, afirma que o grau de dificuldade do exame de Matemática A do 12.º ano foi maior do que o do ano passado. “O exame é consideravelmente mais difícil e muito mais trabalhoso”, disse ao Público.

João Araújo, presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM), tem o mesmo entendimento e propõe uma alteração ao concurso nacional de acesso ao ensino superior de modo a não prejudicar os alunos que fizeram o exame este ano.

“O exame foi mais difícil do que em 2020 e tinha que o ser porque era insustentável” manter a mesma situação, afirmou o responsável, lembrando que no ano passado a nota mais representada foi a de 19 valores.

“Mas há um problema. O exame deste ano vai prejudicar os alunos que o fizeram face àqueles que se irão recandidatar ao concurso de acesso utilizando a nota de 2020″, acrescentou.

Desta forma, o SPM pede que se utilizem as vagas reservadas para os contingentes especiais para aumentar os lugares disponíveis para o contingente geral do concurso nacional de acesso ao Superior. Os contingentes especiais estão reservados aos estudantes das ilhas, filhos de emigrantes, alunos com deficiência, entre outros.

Ao Público, o Instituto de Avaliação Educativa (Iave) referiu que as classificações poderão sofrer alterações com a prova proposta, mas sustentou que tal se deve ao aumento do número de questões obrigatórias.

“O Iave tem como principal atribuição elaborar provas de grau de dificuldade o mais semelhante possível de ano para ano, princípio este que presidiu à elaboração dos exames do presente ano”, lê-se na resposta ao diário.

“A diferença para as provas do ano anterior consiste principalmente no aumento do número de itens que contribuem obrigatoriamente para a classificação final, medida que tem como objetivo aumentar a representatividade do currículo no instrumento de avaliação, e a qual terá certamente também algum efeito na distribuição das classificações.”

Liliana Malainho, ZAP //

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1 Comment

  1. Algumas questões apresentadas são de nível universitário, o que é uma estupidez do Ministério da Educação. Como terão facilitado um pouco o ano-passado, não é justo que os alunos deste ano tenham que ser prejudicados, face a esses.

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