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Primeiro-ministro holandês pede desculpa por ter aliviado restrições

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eu2017ee / Flickr

O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte

O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, admitiu esta segunda-feira que o governo cometeu um erro ao relaxar algumas restrições e pediu desculpa, numa altura em que os Países Baixos sofrem um aumento de casos de covid-19.

O governo tinha autorizado há duas semanas a reabertura de discotecas, mas devido à rápida disseminação da variante contagiosa Delta, especialmente entre os jovens, decidiu recuar.

Rutte anunciou na sexta-feira uma série de medidas para conter o surto de contaminação, incluindo o encerramento de clubes noturnos e restaurantes à meia-noite.

“Foi cometido um erro de julgamento. Pensávamos que seria possível, mas não é a realidade. Pedimos desculpa por isso”, afirmou Mark Rutte a jornalistas em Haia.

Mais de 8.500 novos casos foram contabilizados esta segunda-feira, em comparação com os 500 de há duas semanas, números iguais aos valores recorde de dezembro de 2020.

No entanto, o número de hospitalizações não aumentou significativamente, já que as infeções envolveram maioritariamente os jovens.

“O número de casos está a crescer mais rápido do que o esperado. Estamos a ver um aumento exponencial no número de infeções, especialmente entre os jovens de 18 a 25 anos”, indicou em carta enviada na semana passada ao Parlamento o comité de cientistas (Outbreak Management Team, OMT) que assessora o governo.

Nesse documento, o organismo referiu que as infeções ocorreram principalmente em casas noturnas e na indústria de restaurantes e que, “fora dessa faixa etária, não há um aumento óbvio”.

Os organizadores de eventos e festivais mostraram-se “furiosos” com o retrocesso do governo, denunciando um “golpe fatal” para o setor.

Cerca de 80% da população recebeu pelo menos uma dose da vacina e 50% recebeu as duas, afirmou na sexta-feira o ministro da Saúde, Hugo de Jonge.

// Lusa

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