A polícia do Canadá anunciou esta quinta feira que desbaratou uma vasta rede de pedofilia. A acção, já encerrada, interrogou 348 pessoas em todo o mundo, incluindo religiosos, professores e profissionais de saúde.
A investigação foi feita em 50 países e levou à detenção de 6 autoridades públicas (polícias ou magistrados), 9 dirigentes religiosos, 40 professores, 3 famílias de acolhimento, 9 médicos e diversos enfermeiros.
No total, das 348 pessoas interpeladas, 108 são canadianos, 76 americanos, 65 australianos e os restantes de países como a África do Sul, a Argentina, o Brasil, a Espanha, a Grécia, a Irlanda, o Japão, a Noruega e a Suécia, informou a polícia de Toronto.
Numa investigação iniciada em 2010 a polícia deteve já, em maio passado, um residente de Toronto, apresentado como o cérebro da rede.
A inspetora Joanna Beaven-Desjardins explicou que em outubro de 2010 o seu serviço de luta contra a exploração sexual das crianças tinha “entrado em contacto com um homem que partilhava na internet imagens de crianças vítimas de abusos sexuais”.
A inspectora adiantou que a organização, que praticou ‘actos horrendos contra as crianças‘, é ‘uma das piores redes de abuso infantil‘ que jamais viu.
No total, 386 vítimas menores foram “retiradas da exploração sexual” mas “a sua vida está afetada para sempre”, declarou o inspetor adjunto Gerald O’Farell.
ZAP/Lusa