O grafeno tem inúmeras aplicações e acaba de ganhar mais uma: segundo uma nova investigação, é capaz de proteger as tintas das obras de arte da degradação.
A exposição das cores utilizadas em obras de arte à luz ultravioleta (UV) e visível na presença de agentes oxidantes desencadeia a degradação da cor, o desvanecimento e o amarelecimento.
Os vernizes e revestimentos protetores utilizados atualmente não são soluções aceitáveis, uma vez que a sua remoção requer a utilização de solventes, que podem danificar a superfície de trabalho subjacente.
Agora, uma equipa de investigadores do Instituto de Ciências de Engenharia Química da Fundação para a Investigação e Tecnologia Helénica (FORTH/ICE-HT), do Departamento de Engenharia Química da Universidade de Patras e do Centro de Ciências Coloides e de Superfície (CSGI) da Universidade de Florença, tiveram uma ideia inovadora para proteger as obras de arte: utilizar véus de grafeno.
O Europa Press detalha que o véu de grafeno usado neste trabalho é uma película transparente e flexível produzida pela técnica de deposição química a vapor. Tem uma espessura monoatómica e, como não há limitações de tamanho nas outras dimensões (comprimento e largura), pode cobrir qualquer área necessária.
Esta membrana é impermeável à humidade, agentes oxidantes e outros poluentes nocivos, e pode também absorver uma grande quantidade de radiação ultravioleta nociva.
Além disso, e ao contrário de outros meios de proteção, estes revestimentos de grafeno são relativamente fáceis de remover sem danificar a superfície da obra de arte.
O artigo científico foi publicado no dia 1 de julho na Nature Nanotechnology.