Um icebergue gigante, com 700 quilómetros quadrados, que se desprendeu do glaciar de Pine Island, na Antártida, está a ser vigiado por cientistas britânicos, porque há o risco de ameaça das rotas marítimas do Atlântico Sul, afirmou o investigador Grant Bigg.
O icebergue, com uma área equivalente à da ilha da Madeira, foi localizado por uma satélite alemão em julho, estando desde então a ser estudado e vigiado por Grant Bigg, professor no Departamento de Geografia da Universidade de Sheffield, em parceria com a Universidade de Southampton, ambas no Reino Unido.
De acordo com o especialista, há o risco de fragmentação do icebergue, porque as últimas imagens de satélite mostram vários quilómetros de água entre uma placa de gelo flutuante e o glaciar Pine Island, estando por isso a ser estudada a sua possível trajetória.
“Normalmente, os icebergues desta zona demoram a sair da baía de Pine Island, mas se conseguirem, podem dirigir-se para a costa ou circular no Oceano Atlântico”, afirmoy Grant Bigg, em declarações à BBC.
O glaciar de Pine Island é considerado o maior da Antártida. Flui na direcção oes-noroeste ao longo do lado sul das montanhas Hudson em direcção à baía de Pine Island, no mar de Amundsen. Foi cartografado pelo United States Geological Survey em 1960-66.
Uma imagem captada no dia 10 de novembro pelo satélite Aqua, da Nasa, mostrou parte do glaciar de Pine Island a separar-se do continente, dando origem ao iceberg gigante que agora se encontra à deriva.
ZAP/Lusa