A Ucrânia, que se tinha ficado pela primeira fase em 2012 e 2016, qualificou-se hoje para os quartos de final do Euro2020 de futebol, ao vencer a Suécia por 2-1, após prolongamento, em Glasgow, na Escócia.
O ucraniano Artem Dovbyk selou o apuramento para os quartos de final, aos 120+1 minutos, após Emil Forsberg anular, aos 43, uma primeira vantagem dos ucranianos, conseguida por Oleksandr Zinchenko, aos 27, num jogo em que os suecos atuaram com 10 desde os 99, por expulsão de Marcus Danielson.
Com o golo marcado à ucrânia, Forsberg chegou aos 4 golos marcados, igualando Patrick Schick (República Checa) e Karim Benzema (França), e ficando a um golo do líder dos marcadores, Cristiano Ronaldo, que leva 5, mas a eliminação da sua seleção impede o sueco de continuar a disputar o troféu de melhor marcador da prova.
Nos quartos de final, a Ucrânia defronta a Inglaterra, que hoje bateu a Alemanha por 2-0, num encontro marcado para sábado, pelas 21:00 locais (20:00 em Lisboa), no Estádio Olímpico de Roma, em Itália.
Golos, poste, expulsão e um golo fora de horas…
Decorria o primeiro minuto do prolongamento quando Artem Dovbyk, o herói improvável, deu a melhor sequência a um centro de Zinchenko e colocou a Ucrânia pela primeira vez nos quartos-de-final de um Campeonato da Europa.
Na noite desta terça-feira, em Glasgow, os ucranianos venceram a Suécia por 2-1, após prolongamento. Num duelo de loucos, o médio do Manchester City abriu a contagem, Forsberg empatou, até que surgiu o golo salvador.
No próximo sábado, em Roma, a Ucrânia vai medir forças com a Inglaterra. Já os suecos despedem-se da competição, naquela que foi a primeira derrota registada nos últimos nove jogos.
A Suécia assumia mais as despesas do encontro, enquanto a Ucrânia procurava chegar à área contrária de forma mais lesta. O duelo no relvado do Hampden Park em Glasgow era entretido, equilibrado e intenso.
E melhor ficou quando a trivela de Yarmolenko descobriu Zinchenko que assinou um golaço (27’), porém, em cima do intervalo, Forsberg (43’) deixou tudo empatado e por decidir na segunda metade.
Se os primeiros 45 minutos foram empolgantes, a segunda metade foi jogada em alta rotação, principalmente até ao minuto 70. Houve ocasiões de golo, três bolas nos ferros – Sydorchuk (55’) e Forsberg (56’ e 69’) –, intervenções importantes dos dois guardiões e muita emoção.
Com o empate a perdurar houve tempo extra, algo que ocorreu em metade dos oito jogos destes oitavos-de-final – Itália vs Áustria, Croácia vs Espanha e França vs Suíça.
Num prolongamento marcado pela falta violenta de Danielson (98′) sobre Besedin, que deixou o avançado “KO” e os nórdicos com dez elementos, a Ucrânia chegou ao golo da glória já no período de descontos, quando Zinchenko cruzou com precisão e encontrou a cabeça de Dovbyk, jogador que tinha entrado para a vaga do lesionado Besedin.
Um golo que valeu ouro e colocou a selecção de Shevchenko na rota dos “quartos”.
Melhor em Campo
Grande exibição de Zinchenko, que é o cérebro e o pulmão desta selecção ucraniana. Esta noite voltou a ser determinante, marcou um golaço a abrir e fez, a fechar o encontro, a assistência que colocou os ucranianos entre os oito melhores da prova.
Além do envolvimento directo nos dois golos, construiu sete cruzamentos, teve 118 acções com a bola, gizou quatro conduções aproximativas, quatro desarmes, outros tantos alívios e ainda bloqueou dois passes/cruzamentos.
“Performance” irrepreensível que lhe valeu o título de melhor em campo e um merecido GoalPoint Rating de 7.7.
Destaques da Suécia
Forsberg 7.1 – Que jogatana do criativo. Enquanto teve forças brilhou intensamente e apenas os ferros impediram que a “performance” fosse ainda mais avassaladora. Autor de seis remates, marcou o tento suíço, atirou duas bolas aos ferros, criou dois passes para finalização, oito passes valiosos, nove passes aproximativos (recorde no jogo), somou oito acções com a bola na área adversária (outro máximo), acertou três dos quatro dribles tentados e foi prejudicado pelos cinco maus controlos de bola registados.
Danielson 4.4 – Atitude irreflectida que acabou por prejudicar a Suécia e que por sorte não partiu a pernas esquerda a Besedin.
Destaques da Ucrânia
Zabarnyi 6.4 – No cartão de cidadão tem 18 anos, mas joga como gente grande tal a maturidade e classe que demonstra. Sempre bem posicionado, bloqueou dois remates suecos, fez quatro desarmes, três intercepções, quatro alívios e ajudou a equipa a sair a jogar com 125 acções com o esférico – máximo na partida -, quatro variações de flanco e seis passes longos certos.
Dovbyk 6.0 – O azar de Besedin acabou por ser a sorte do avançado. Que vestiu a capa de herói com o golo decisivo que assinou. Nos 15 minutos em que esteve em campo contabilizou oito acções com a bola, sendo que três foram na área sueca.