Época inédita no futebol feminino do Barcelona não é sinónimo de continuidade do técnico vencedor. Jogadoras pedem mudança no banco.
O Barcelona protagonizou uma época histórica e inédita no futebol feminino. A equipa catalã foi novamente campeã nacional, também conquistou a Taça da Rainha pela segunda época consecutiva e foi campeã europeia, pela primeira vez.
Só falhou a conquista da Supertaça nacional, que seguiu para o Atlético de Madrid, mas destacou-se a Liga dos Campeões, numa final invulgar: vitória por 4-0 contra o Chelsea e quatro golos marcados nos primeiros 35 minutos.
Um “triplete” inédito mas que não garante a continuidade do jovem treinador Lluís Cortés. O jornal Sport informa que as jogadoras do Barcelona pediram à direção uma mudança de treinador para a próxima temporada.
O pedido foi feito pelas capitãs de equipa, mas em representação de todo o plantel, e já foi transmitido aos diretores há pouco mais de um mês, depois da final da Liga dos Campeões, diante do Chelsea.
O diário desportivo explica que as jogadores consideram que a relação com o treinador de 34 anos já sofreu demasiado desgaste.
Lluís Cortés está a liderar a equipa desde janeiro de 2019. São dois anos e meio de sucesso, de títulos, mas de muita intensidade – e o ambiente entre os dois lados não é o melhor, agora.
As jogadoras acham que esta é altura de mudar porque, se Cortés continua, as exibições e os resultados podem piorar.
O jornal lembra a saída de Pep Guardiola, que venceu tudo que podia, mas saiu em 2012 para evitar problemas internos. Na altura, Guardiola esteve parado durante um ano.
O Barcelona tinha anunciado que Lluís Cortés renovou contrato até 2022 mas a sua permanência não está garantida.
A direção do Barcelona, surpreendida por este desejo das futebolistas, tem discutido a possibilidade de mudança de equipa técnica.