A Espanha e a Suécia empataram hoje 0-0 em jogo da primeira jornada do Grupo E do Euro2020 de futebol, naquela que foi a primeira partida sem golos na competição até ao momento.
No estádio La Cartuja, em Sevilha, a seleção espanhola, a jogar em ‘casa’, dominou a partida e desperdiçou várias oportunidades, mas não conseguiu ultrapassar a boa organização defensiva da equipa sueca, com o jogo a terminar sem golos.
Com este empate, o grupo é liderado pela Eslováquia, que venceu a Polónia, treinada pelo portuguesa Paulo Sousa, por 2-1, com Espanha e Suécia no segundo lugar.
Um “calcanhar de Aquiles” chamado finalização
Balde de água gelada na fúria espanhola. A Espanha nunca conseguiu suplantar o “muro” sueco que se ergueu à frente da baliza de Olsen e não foi além de um empate a zero no jogo de estreia neste Grupo E do EURO 2020.
Foram inúmeras as ocasiões criadas e desperdiçadas pela “La Roja” – quatro oportunidades flagrantes desperdiçadas, 17 remates e 85% da posse. Já a Suécia atacou pouco, mas esteve perto de marcar, quando Isak atirou e a bola acabou num poste, e Berg ainda deve estar a pensar naquilo que falhou à passagem do minuto 61…
A equipa espanhola jogou com a receita do costume – muita posse (84% e houve alturas em que teve 90%, 419 passes feitos – eficácia de 92% -, face aos 57 – 63% dos suecos), pressão alta e intensidade na recuperação pós-perda.
Os comandados de Luis Enrique apenas pecaram na forma como desperdiçaram três ocasiões flagrantes de golo no primeiro tempo e não souberam materializar os nove remates que fizeram (somaram 20 acções com a bola na área adversária).
Matreiros, os suecos viram, aos 41 minutos, Isak atirar o esférico contra um espanhol, com a bola a desviar para o ferro.
Na etapa complementar, Berg (61′) desperdiçou aquilo que parecia um golo certo, foi uma espécie de alerta para os espanhóis despertarem e voltarem a assumir as rédeas do encontro. Melhoraram de produção com as mexidas promovidas, mas voltaram a claudicar naquele que é o seu principal “calcanhar de Aquiles”, a finalização.
Melhor em Campo
Exibição assombrosa de Olsen. Desde cedo que o guardião foi chamado a intervir e sempre disse presente. Ao todo foi autor de cinco defesas, em três deteve remates que foram feitos na área sueca, e foi adiando o que parecia ser a festa espanhola. Na retina fica a forma como parou o cabeceamento de Gerard Moreno já no período de descontos. Com sangue no gelo, foi o principal responsável pelo nulo que se registou no marcador e terminou com um GoalPoint Rating de 7.2.
Destaques da Espanha
Jordi Alba 6.8 – Uma autêntica locomotiva que realizou 11 passes ofensivos valiosos, fez oito cruzamentos, quatro passes para finalização, nove passes aproximativos, criou uma ocasião flagrante, tendo registado ao todo 147 acções com a bola (marca que mais ninguém atingiu).
Dani Olmo 6.5 – Estava a ser um dos melhores da Espanha quando saiu aos 70 minutos. Até lá, rematou em cinco ocasiões (máximo no jogo), teve seis acções na área sueca e sofreu duas faltas.
Pedri 5.8 – Aos 18 anos, seis meses e 20 dias, fez história e tornou-se no jogador mais jovem de sempre a actuar pela selecção espanhola num Europeu. A realçar 11 passes ofensivos valiosos, um passe de ruptura e 112 acções com o esférico.
Destaques da Suécia
Danielson 6.4 – Muito concentrado, foi importante a conter as constantes aproximações do adversário e coleccionou quatro intercepções e dez alívios.
Lindelöf 5.9 – Três recuperações da posse, nove alívios e dois passes/cruzamentos foram as acções mais marcantes do central dos “red devils”, que terminou exausto.
Isak 5.6 – No único remate que fez, a bola acabou no poste. Na segunda metade, ofereceu o golo que Berg desperdiçou. Estava a ser o mais esclarecido e perigoso dos suecos quando saiu aos 66 minutos.
Resumo
CLASSIFICAÇÃO DO GRUPO
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