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Agricultura em Marte pode tornar-se uma realidade graças a inovação

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Cultivar plantações em Marte pode tornar-se uma realidade graças a um catalisador criado por uma equipa de investigadores, que remove o perclorato, um composto químico perigoso.

Popular o planeta vermelho é uma ambição de longa data dos humanos. No entanto, as condições inóspitas de Marte tornam fazem deste sonho um desafio complicado. Para uma colónia de humanos se estabelecer a longo prazo em Marte será necessário cultivar alimentos.

A superfície do planeta está repleta de perclorato, um composto químico altamente perigoso, que pode causar problemas graves na tiroide e nos pulmões. Retirá-lo de água potável e comida envolve técnicas complexas que podem exigir temperaturas e condições extremas.

Agora, uma equipa de investigadores desenvolveu um catalisador que simplifica o processo de remoção do perclorato e destrói 99% do contaminante em temperatura e pressão ambiente. De acordo com um estudo publicado no Journal of the American Chemical Society, o catalisador pode ser usado para “purificação de água e exploração espacial”.

O catalisador recorre a micróbios anaeróbicos, organismos que vivem em ambientes pobres em oxigénio. Alguns deles podem sobreviver recolhendo átomos de oxigénio dentro do perclorato, consequentemente decompondo o poluente.

Segundo a Vice, os micróbios podem ser cultivados para fazer este trabalho em reatores industriais, mas pode levar semanas ou meses para garantir a estabilidade de funcionamento neste processo.

O catalisador pode ser usado para quebrar o perclorato em concentrações inferiores a um miligrama por litro até dez gramas por litro, o que significa que pode ser usado em muitos contextos, desde o tratamento de águas subterrâneas até à desintoxicação do solo marciano.

Os investigadores foram capazes de desintegrar rapidamente o perclorato em água a temperatura ambiente. Noutro estudo publicado na revista ACS Catalysis, os investigadores mostraram ainda que o metal precioso rénio pode melhorar a estabilidade e a autossustentabilidade do catalisador.

Os dois estudos fornecem protótipos de tecnologias que podem agilizar o processo de remoção de perclorato aqui na Terra e em futuras missões humanas a Marte.

“De momento, estamos a trabalhar nalgumas formulações de catalisadores mais avançadas”, realçou Jinyong Liu, coautor do estudo, em declarações à Vice. “Seguimos a mesma estratégia de design, mas fizemos mais modificações na estrutura para que ela possa sobreviver em condições ainda mais adversas”.

Daniel Costa, ZAP //

2 Comments

  1. Agora só falta o gado, e o gado estão todos animados aonde vai um, vão todos, mais imagino que para levar esse gado todo pra cima lá marte a terrinha dos marcianos vai ser trabalhoso, o frete e a gasolina do foguete da NASA deve ser muito muito caro e de graça nem enjeção na testa, a não ser que eles coloquem no foguete que queima gasolina mágica no suposto(vácuo) uma carroceria nele, ai daria para levar a todos, numa viajada só…

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