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Igreja não divulga números sobre abusos sexuais de menores

Embora a Igreja Católica refira que se tem empenhado na prevenção e combate das situações de abuso sexual de menores pelos membros, continua a não haver uma sistematização em Portugal dos casos denunciados juntos das comissões diocesanas.

“Cada diocese é que poderá dar essa resposta. Não temos dados nacionais e não vos posso dar números porque poderiam estar errados, se é que os há”, disse ao Público o secretário do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), Manuel Barbosa.

O jornal recorda que o motu proprio do Papa Francisco decreta a obrigatoriedade de denúncia dos abusos cometidos por membros do clero às autoridades civis e estipulava um prazo máximo de 90 dias para que as eventuais denúncias fossem devidamente investigadas no seio da Igreja.

Assim, todas as dioceses portuguesas instituíram as suas próprias comissões, chamando para o seio delas juristas e psicólogos, além de profissionais de outras disciplinas, e, em junho do ano passado, D. José Ornelas, admitia, em entrevista ao Público, que o estabelecimento de tais comissões poderia encorajar a denúncia de tais abusos.

No entanto, cerca de um ano depois, a CEP continua sem garantir uma agregação destes casos sendo que, segundo Manuel Barbosa, também porta-voz da CEP, haverá, no dia 29 de Maio, em Fátima, “um dia inteiro de formação” dos responsáveis por estas comissões diocesanas.

A iniciativa irá contar com a presença dos bispos das diferentes dioceses e que será orientada pelo sacerdote jesuíta Hans Zollner, presidente do Centro para a tutela dos Menores da Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

ZAP //

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