Nagelsmann, Upamecano, Superliga: tudo entra nas críticas à saída do treinador do Leipzig, que vai liderar o Bayern Munique a partir de julho.
André Villas-Boas deixou de ser o recordista: no mundo dos treinadores de futebol, o português tinha sido o mais caro, quando deixou o FC Porto em 2011, para assinar pelo Chelsea; os 15 milhões de euros gastos pelo clube inglês foram agora ultrapassados pelo Bayern Munique, que pagou ao RB Leipzig cerca de 25 milhões de euros por Julian Nagelsmann.
Na lista dos cinco treinadores de futebol mais caros de sempre, há três portugueses (o domínio luso até era maior antes de Nagelsmann porque, dos quatro mais caros, três eram portugueses): o terceiro é Brendan Rodgers, quando deixou o Celtic rumo a Leicester por 10,9 milhões de euros; o quarto é Rúben Amorim, que assinou pelo Sporting por 10 milhões, quando estava em Braga; e o quinto, e a transferência mais antiga do top-5, é José Mourinho, do Inter para o Real Madrid por oito milhões de euros.
O líder do campeonato alemão confirmou nesta terça-feira a contratação do técnico do segundo classificado do campeonato alemão, numa altura em que Bayern e Leipzig ainda lutam pelo título, a três jornadas do final da Bundesliga.
Precisamente porque Bayern e Leipzig são as duas únicas equipas que ainda podem ser campeãs (vantagem clara de sete pontos para a equipa de Munique), o jornal Marca praticamente “caiu em cima” deste anúncio do campeão europeu.
Um artigo de opinião, publicado no diário desportivo espanhol, refere que o “não” do Bayern à criação da Superliga foi essencial para a competição nem sequer arrancar. O presidente Karl-Heinz Rummenigge disse que “o futebol não funciona como os negócios funcionam”.
Depois, lê-se que a “solidariedade” do Bayern é algo estranha: “Empresta dinheiro, vai dividindo o seu dinheiro, enquanto desvaloriza a força dos seus rivais, contratando o melhor de cada casa. A isso se chama tosquia. Faz isso desde sempre”.
“O Bayern está a mostrar uma cintura extraordinária nesta dança. Camaleão, parece rock, mas vende balé. Fala sobre futebol de esforço e gasta milhões de euros. Preconiza o futebol para todos e tem uma ditadura na Alemanha baseada no seu poder económico colossal”, continua Jesús Sánchez, num artigo que tem o título ‘Bayern, o campeão dos hipócritas’.
O treinador mais jovem de sempre do Bayern (33 anos) justificou mais um artigo com tom de crítica, no mesmo jornal e no mesmo dia. Foram recordadas as palavras de Julian Nagelsmann sobre a saída de Dayot Upamecano do Leipizig, que em fevereiro deste ano foi anunciado como reforço do… Bayern.
Na altura, Nagelsmann criticou a postura do campeão, já que a contratação do jovem defesa foi confirmada 20 minutos antes de um jogo do Leipzig. “Qual será a sua leitura dessa notícia, agora?”, pergunta o jornal.
Os espanhóis com a mania que são os mais correctos… não devem ter espelhos só pode!