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Arqueólogos descobrem impressão digital com 5 mil anos

(dr) Jan Blatchford

Impressão digital com 5.000 anos

Há 5.000 anos, em Orkney, na Escócia, um oleiro neolítico sentou-se, começou a trabalhar e, durante o processo de criação de um vaso, pressionou um dedo na argila húmida. A marca na superfície durou até hoje. 

Uma equipa de arqueólogos britânicos descobriu uma impressão digital, com 5.000 anos, durante a análise de uma grande coleção de cerâmica neolítica. Os especialistas afirmam que a impressão digital deixada num vaso de barro foi feita por um artesão que tocou na argila enquanto estava húmida.

Esta é a mais recente descoberta feira durante um trabalho de pós-escavação no sítio arqueológico de Ness de Brodgar, em Orkney, Escócia. Património da Humanidade da UNESCO desde 2006, as ilhas Orkney são um arquipélago localizado no mar do Norte, a cerca de 16 quilómetros ao largo do norte da Escócia.

A impressão digital foi detetada pela primeira vez por Roy Towers, especialista em cerâmicas, enquanto analisava um fragmento de um enorme conjunto de peças de argila encontradas no sítio arqueológico.

“Num local de elevado padrão como o Ness de Brodgar, com os seus belos edifícios e impressionante variedade de artefactos, pode ser muito fácil esquecer as pessoas por trás deste incrível complexo […]. Mas esta descoberta traz essas pessoas de volta ao foco”, afirmou, em comunicado, Nick Card, diretor de escavação.

A peça foi levada para um laboratório e os cientistas utilizaram uma tecnologia de análise de imagem para aprenderem mais detalhes sobre a impressão, conhecida como Reflectance Transformation Imaging (RTI).

A técnica envolve várias fotografias tiradas em condições de iluminação variáveis e a combinação dos resultados é realizada usando um software que cria um modelo altamente detalhado do objeto.

Neste caso, o trabalho de RTI de Jan Blatchford confirmou e registou a única impressão digital encontrada no local da escavação até ao momento.

Os arqueólogos esperam que uma análise posterior revele o sexo e a idade do autor da impressão digital.

Liliana Malainho, ZAP //

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