Vigaristas burlaram mulher de 90 anos em 32 milhões de dólares

Uma mulher de Hong Kong, de 90 anos, foi defraudada em 32 milhões de dólares por burlões que se fizeram passar por agentes policiais chineses, via chamada telefónica.

A Agence France-Presse (AFP) escreve que um jovem de 19 anos foi detido e acusado de fraude, esta terça-feira.

A burla foi descoberta quando a empregada doméstica da idosa de 90 anos ligou para a filha da mulher com a preocupação de que algo suspeito estivesse a acontecer. A filha entrou em contacto com as autoridades após tomar conhecimento do assunto.

De acordo com a Insider, os burlões ligaram à mulher e se fizeram passar por agentes chineses de segurança pública e acusaram-na de estar envolvida num esquema de lavagem de dinheiro na China. Foi então que os burlões disseram à mulher de 90 anos que ela tinha de transferir dinheiro da sua conta para uma equipa de investigação.

Um dos criminosos até foi a casa da mulher dar-lhe um telemóvel para que ela comunicasse com os alegados agentes chineses. Os burlões convenceram-na a fazer 11 transferências bancárias que totalizaram 32 milhões de euros. Mais uma vez, o criminoso acompanhou a mulher até ao banco para que esta fizesse uma das transferências.

“Foi-lhe prometido que todo o dinheiro lhe seria devolvido após a investigação”, relatou uma fonte policial.

Segundo o South China Morning Post, há mais dois detidos suspeitos de participarem no esquema de burla.

Em 2020, a polícia lidou com 1.193 casos de fraudes telefónicas em que os vigaristas arrecadaram um total de 74 milhões de dólares. A fraude telefónica é um crime transjurisdicional e os vigaristas costumam fazer chamadas de fora de Hong Kong, segundo a polícia.

Daniel Costa, ZAP //

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