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Uma simples mudança está a evitar a morte de um macaco em vias de extinção

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Sergio Boscaino / Wikimedia

O macaco Piliocolobus kirkii

Cientistas conseguiram dar uma tábua de salvação a uma espécie de macaco em risco de extinção, cujos espécimes são frequentemente atropelados por automóveis nas estradas de um parque nacional em Zanzibar.

De acordo com a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), o colobus vermelho de Zanzibar (Piliocolobus kirkii) é uma das espécies em risco de extinção, havendo menos de seis mil exemplares na natureza.

Esta espécie é endémica de Unguja, também conhecida como Ilha de Zanzibar, na Tanzânia, e a grande maioria vive no Parque Nacional da Baía Jozani-Chwaka. No entanto, apesar de ser uma espécie protegida, continua sob a ameaça dos humanos.

Estes macacos são muitas vezes atropelados por carros quando tentam atravessar a estrada principal do parque. Por isso, para tentar prevenir esta situação, um grupo de cientistas da Universidade de Bangor, da Wildlife Conservation Society (WCS) e dos parques nacionais de Zanzibar decidiu colocar quatro lombas ao longo da via, conta o site Live Science.

“Depois de a estrada ter sido pavimentada, mas antes de as lombas terem sido colocadas, era relatada uma morte a cada duas a três semanas, resultando em talvez cerca de 12% a 17% da mortalidade anual”, declarou, em comunicado, Harry Olgun, estudante de doutoramento na universidade galesa e autor principal do estudo publicado, a 16 de março, na revista científica Oryx.

Agora, de acordo com a equipa de investigadores, desde que as lombas foram instaladas, a taxa de colisões entre carros e macacos caiu para metade.

“Os dados recentes mostram que as lombas fizeram uma enorme diferença na segurança dos colobus”, acrescenta Olgun na mesma nota.

“À medida que o turismo cresce em Zanzibar e o habitat destes animais continua a encolher, usar a ciência para quantificar e resolver problemas de conservação nunca foi tão importante”, disse também Tim Davenport, um dos coautores do estudo e diretor de conservação de espécies e ciência da WCS em África.

“Entender o impacto dos veículos sobre a vida selvagem dentro de um parque e implementar soluções práticas é exatamente o que nós, como conservacionistas, deveríamos estar a fazer”, acrescentou.

ZAP //

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