A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos vai passar a ter portas blindadas, substituindo as de madeira que quase foram arrombadas durante o assalto ao Capitólio, em janeiro.
Os trabalhos de reforço da segurança na Câmara dos Representantes, que esteve sitiada durante o assalto por apoiantes do ex-Presidente Donald Trump, que pretendiam impedir a confirmação da eleição de Joe Biden, deverão prolongar-se por mais duas semanas, até a retoma dos trabalhos parlamentares.
Uma das imagens marcantes do assalto de 6 de janeiro, no qual morreram cinco pessoas, foi a dos polícias do Capitólio no interior da Câmara a tentarem manter as portas fechadas, com os invasores a tentarem derrubá-las do exterior, enquanto os parlamentares se protegiam debaixo de mesas.
Um relatório de uma equipa de peritos de segurança liderada pelo general na reforma Russel Honoré, nomeada na sequência do assalto, recomendou, este mês, a instalação de vedações móveis ou retráteis, em torno do edifício e dos gabinetes dos legisladores, e o reforço da Polícia do Capitólio com 1100 elementos, além da criação de uma Força de Reação Rápida para substituir os efetivos da Guarda Nacional que têm mantido a segurança na zona.
Outras medidas recomendadas pelo painel nomeado pela líder do Congresso, Nancy Pelosi, no relatório agora apresentado são o reforço da segurança nos gabinetes estaduais e residências dos congressistas e senadores, a investigação de antecedentes de detentores de salvo-condutos para o Capitólio, e ainda a melhoria das instalações da força policial do edifício, “sem condições” e a necessitar de “substancial restauro”.
Acusado de ter incitado o ataque, incluindo por senadores do Partido Republicano, Trump foi alvo de um julgamento no Senado em fevereiro, sem que se tenham produzido os dois terços de votos necessários a uma condenação.
O julgamento decorreu sob fortes medidas de segurança, e a situação é ainda considerada de risco elevado, nomeadamente durante o discurso perante sessão conjunta do Congresso, que o Presidente Joe Biden deverá fazer ainda este mês.
O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, defendeu, esta quinta-feira, o papel da sua empresa durante o processo eleitoral de 2020 nos Estados Unidos e nos meses seguintes, culpando o ex-Presidente pelo assalto ao Capitólio.
O principal executivo desta rede social foi chamado a testemunhar perante a Câmara de Representantes, juntamente com os chefes do Twitter, Jack Dorsey, e da Google, Sundar Pichai, sobre as responsabilidades das suas empresas na disseminação de informações falsas e extremismo político na Internet.
As redes sociais foram apontadas como uma ferramenta necessária para o assalto ao Capitólio, já que foi através delas que os promotores coordenaram e apelaram à sua participação.
ZAP // Lusa
O sistema da porta chama-se “Anti-Trampa”
Em vez de punir severamente o instigador da invasão… Reforçam a segurança! Boa!…