6% da população já recebeu uma dose da vacina. 3% tem a vacinação completa

Portugal já vacinou 603.486 pessoas com a primeira dose da vacina contra a covid-19, com 168.798 a serem vacinadas na última semana, das quais 265.281 pessoas já têm a vacinação completa, informou o Ministério da Saúde esta terça-feira.

As mais de 600 mil pessoas já vacinadas com a primeira dose correspondem a 6% da população, enquanto as mais de 265 mil pessoas com vacinação completa equivalem a 3%. Em relação à semana passada, mais 168.798 pessoas foram vacinadas com uma dose e 15.134 ficaram com a vacinação completa.

Os dados revelados através do relatório da vacinação contra a covid-19, enviado às redações esta terça-feira, mostram que, do total de 1.002.999 doses recebidas, foram distribuídas até domingo (28 de fevereiro) 933.847 doses.

O relatório indica ainda que mais de um terço (34%) das pessoas com mais de 80 anos já recebeu uma dose da vacina e 9% já estão completamente vacinadas.

A segunda faixa etária com mais pessoas que já foram vacinadas é a dos 25 aos 49 anos, em que 164.622 pessoas receberam a primeira dose (5% deste grupo) e 108.036 tem a vacinação completa (o que corresponde a 3%). Segue-se a faixa etária dos 50 aos 79 anos, com 150.987 pessoas que já tomaram a primeira dose (7%) e 65.125 já tomaram as duas (3%).

Relativamente às regiões de Portugal, os dados revelam que o Norte é agora a região em que foram administradas mais doses (287.871), seguida de Lisboa e Vale do Tejo (276.186), do Centro (205.049), do Alentejo (64.899) e do Algarve (33.361).

Capacidade para vacinar cerca de 50 pessoas por hora

Esta terça-feira, a Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou uma orientação para definir como é que devem estar organizados os Centros de Vacinação Covid-19 (CVC) por forma a “garantir a aceleração e massificação progressivas” da vacinação.

De acordo com a orientação, estes Centros de Vacinação Covid-19 devem ter, como referência, um ou mais módulos de vacinação, cada um com cinco postos, para que cada enfermeiro consiga vacinar uma pessoa a cada 6-10 minutos.

Devem ser espaços amplos e arejados, ter rede de frio adequada às especificidades de cada vacina instruções do fabricante, profissionais de saúde com treino e formação para vacinar e atuar em caso de reações anafiláticas e equipamento de emergência para tratar estas situações.

Os CVC, que podem resultar da adaptação de pontos de vacinação já existentes Serviço Nacional de Saúde ou de infraestruturas próprias, devem igualmente ter acesso à Plataforma Nacional de Registo e Gestão da Vacinação – VACINAS.

Devem ser constituídos de acordo com o planeamento regional das Administrações Regionais de Saúde, sob a coordenação dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) e Unidades Locais de Saúde (ULS) e em articulação com as autoridades de saúde locais, as autarquias e demais parceiros locais.

Além de terem de estar instalados em espaços amplos e arejados, devem ser de fácil acesso a pessoas com mobilidade reduzida, ter dois acessos (entrada e saída), facilidade de estacionamento e de acesso em transportes públicos e ser organizados para funcionarem de forma fluida, evitando o aglomerado de pessoas e garantindo o distanciamento entre elas.

A DGS aconselha ainda a que, de acordo com a dimensão e localização geográfica do CVC, seja avaliada a necessidade da permanência de uma ambulância, em prontidão.

Quanto ao funcionamento e organização, os CVC devem ter uma área de receção, um local de admissão com postos de atendimento e acesso ao sistema informático para validar os dados das pessoas a vacinar e uma área de espera pré-vacinação que permita a permanência de, pelo menos, 25 pessoas, com a respetiva distância de segurança e onde deve ser assegurado o preenchimento do questionário de vacinação.

Devem ter ainda locais individualizados para vacinação em paralelo, um local de vigilância pós-vacinação, onde cada utente vacinado deve permanecer pelo menos 30 minutos e com saída direta para o exterior, uma sala de preparação de vacinas, com técnicos em dedicação exclusiva, e uma outra de emergência.

A DGS aconselha ainda a que tenham uma zona de pausa para os profissionais de saúde e outros profissionais do CVC, com condições necessárias para alimentação, e instalações sanitárias.

Quanto aos recursos humanos, a orientação indica que cada módulo de cinco postos de vacinação deve ter um médico/enfermeiro para a coordenação, cinco assistentes técnicos para apoio administrativo, dois técnicos de farmácia/enfermeiros para a preparação das vacinas, pelo menos cinco enfermeiros para a administração e um a dois enfermeiros para vigiar os utentes depois de vacinados.

Devem ter ainda um médico para situações de emergência, pelo menos dois elementos para garantir a segurança das instalações, de acordo com as dimensões de cada CVC, e dois assistentes operacionais para garantir a limpeza e desinfeção.

A DGS defende que deve ser considerada a participação de voluntários na gestão da circulação das pessoas a vacinar ao longo do circuito nos CVC, “especialmente para as pessoas portadores de deficiência, com mobilidade reduzida, ou não falantes de língua portuguesa”.

Em Portugal, já morreram 16.389 pessoas dos 805.647 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

ZAP // Lusa

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