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Fotógrafo descobre raro pinguim amarelo na Geórgia do Sul

Liam Quinn / Wikimedia

Pinguins-reis (Aptenodytes patagonicus)

O pinguim amarelo foi fotografado na Geórgia do Sul, em dezembro de 2019, e as fotografias do animal estão agora a correr o mundo. Especialistas estão divididos sobre a causa desta condição rara.

Este raro pinguim amarelo foi descoberto por Yves Adams numa ilha remota da Geórgia do Sul, em dezembro de 2019, mas o fotógrafo só agora divulgou as imagens, conta o site Live Science.

“Eu nunca tinha visto ou ouvido falar de um pinguim amarelo. Havia 120 mil pássaros naquela praia, e aquele era o único assim. Ficámos loucos quando percebemos. Largámos todos os equipamentos de segurança e pegámos logo nas nossas câmaras”, recorda Adams à Kennedy News and Media, empresa de media que possui os direitos das fotografias.

Segundo o mesmo site, os pinguins-reis (Aptenodytes patagonicus), assim como os pinguins-imperadores (Aptenodytes forsteri), têm geralmente uma pelagem preta e branca, com um toque amarelado na zona do pescoço.

Neste caso, o pinguim parece ter mantido as suas penas amarelas, mas perdeu as escuras, que são tipicamente coloridas pela melanina, proteína responsável pela pigmentação da pele e dos pelos dos mamíferos.

De acordo com o Programa Antártico Australiano, os pinguins com plumagem incomum são relativamente raros e, por vezes, pode ser difícil identificar a causa por detrás dessas cores invulgares.

Algumas podem ser causadas por ferimentos, doenças ou pela alimentação do animal, mas muitos casos também acontecem devido a mutações nos genes. Essas mutações podem causar, por exemplo, pinguins “melanisticos”, cujas partes tipicamente brancas são pretas, e pinguins “albinos”, que não têm melanina e, portanto, são brancos.

Em declarações à mesma empresa, o fotógrafo explicou que o pinguim amarelo que fotografou tem uma condição genética conhecida como leucismo, na qual apenas é perdida uma parte da melanina.

Porém, há investigadores que não concordam com esta teoria, como é o caso de Kevin McGraw, investigador da Universidade Estadual do Arizona, nos Estados Unidos. “Não chamaria este pássaro de leucístico. Parece-me mais albino, do ponto de vista de não possuir toda a melanina” na sua plumagem, pés e olhos.

Ainda assim, o norte-americano admite que seriam precisas “amostras de penas do animal para fazer testes bioquímicos, se quiséssemos perceber de forma inequívoca se a melanina está presente”.

ZAP //

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