Uma equipa de investigadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, conseguiu levitar duas pequenas placas de plástico usando apenas luz.
Graças à tecnologia, uma equipa de cientistas da Universidade da Pensilvânia conseguiu desenvolver uma espécie de tapete voador, usando placas de plástico, luz e uma câmara de vácuo. A NASA já está de olho.
Com a energia de um conjunto de LEDs brilhantes numa câmara de vácuo, a equipa conseguiu colocar duas minúsculas placas de plástico Mylar a pairar. Esta é a primeira vez que os cientistas conseguem fazer com que um objeto tão grande flutue usando apenas a luz.
“Quando as duas amostras foram levantadas, houve um suspiro entre nós”, contou à Wired o candidato ao doutoramento em Engenharia da UPenn, Mohsen Azadi.O artigo científico foi publicado no dia 12 de fevereiro na Science Advances.
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As placas de plástico, cada uma com a largura de um lápis, levitaram graças à energia dos LEDs que aqueceram a parte inferior especialmente revestida do material. O calor energizou as partículas de ar sob o plástico e empurrou as placas, com um vento muito leve.
O tapete voador, eternizado por Aladdin, pode parecer abstrato, mas a verdade é que este avanço pode ajudar os cientistas a aprender mais sobre a mesosfera. Esta região da atmosfera é muito difícil de estudar por ser inacessível.
Tal não seria um problema se a pressão na atmosfera de Marte não fosse semelhante à mesosfera da Terra. Isso chateia os cientistas, que têm de estudar a nossa mesosfera para poderem, no futuro, desenvolver tecnologias para Marte.
Esta experiência pode servir de modelo teórico para simular como diferentes placas voadoras se comportariam na atmosfera. Os cientistas planeiam desenvolver um sistema de voo capaz de levar pequenos sensores para a mesosfera, usando esta tecnologia de flutuação movida a luz.
Com o uso desta tecnologia, que permite fazer com que as placas pairem no ar, “seria possível descolar uma vez por dia, subir, descer e pousar uma pequena sonda marciana”, afirmou Paul Newman, cientista de Ciências da Terra no Goddard Space Flight Center, da NASA, à Wired. “Seria fantástico.”