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Macacos foram geneticamente modificados com cérebros humanos (e os seus neurónios aumentaram)

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Um gene humano injetado nos cérebros dos macacos não apenas os tornou maiores, mas também aumentou a função dos neurónios, tornando os primatas “mais humanos”.

Os cérebros dos macacos são muito menores e mais lisos do que os cérebros humanos pois, durante a evolução, o neocórtex do nosso cérebro “dobrou” para formar a aparência enrugada, permitindo uma área de superfície maior do neocórtex no espaço restrito do crânio humano.

Um gene humano foi injetado nos fetos de sete saguis comuns e esses animais geneticamente modificados mostraram sinais de expansão do cérebro. Além disso, os cérebros dos macacos formaram partes enrugadas, como o que as que são vistas nos cérebros dos humanos, tal como o número de neurónios no neocórtex aumentou drasticamente.

O gene, denominado ARHGAP11B, controla o pensamento, o raciocínio e a linguagem conscientes e, após a injeção no cérebro do macaco, desencadeou o crescimento de mais células-tronco, o que resultou em cérebros maiores.

De acordo com o Daily Mail, estas experiências são “evocativas do filme Planeta dos Macacos, onde os primatas geneticamente modificados travam uma guerra contra a humanidade”.

O laboratório do investigador japonês Hideyuki Okano foi o primeiro a produzir saguis transgénicos com transmissão germinativa (GT).

Isto acontece quando as células-tronco embrionárias contribuem para as células reprodutivas de um mamífero (células germinativas) e são geneticamente passadas para os seus descendentes. No entanto, nesta experiência o GT não foi necessário, pois os fetos de sagui transgénicos não nasceram.

Okano referiu que os sete fetos de sagui estavam todos dentro do útero e foram retirados através de uma cesariana para análise durante a gravidez

Observou-se então que o neocórtex do cérebro do sagui comum “aumentou e a superfície do cérebro dobrou”. Além disso, a equipa também observou um aumento no número de neurónios da camada superior que aumentam com a evolução dos primatas.

O novo teste de injeção no cérebro de macaco revelou que o gene ARHGAP11B tem um grande impacto no desenvolvimento do cérebro e no aumento da funcionalidade.

Este tipo de experiências pode fazer com que os cientistas consigam alcançar novas barreiras tecnológicas e ajudar no tratamento de algumas doenças em humanos. As mesmas tecnologias usadas para “editar genes humanos” também estão a ser usadas em animais, que de acordo com a National Geographic, podem ser aplicadas na proteção de espécies ameaçadas como é o caso do demónio da Tasmânia.

Segundo o Ancient Origins, a edição de genes pode trazer de volta espécies animais já extintas.

De acordo com o bioeticista, R. Alta Charo, “desextinguir” poderia ser bom para ressuscitar características perdidas para a criação comercial, permitindo aos cientistas “misturar ou fazer novas espécies.

A cientista acredita que no futuro os bilionários podem oferecer às suas filhas “unicórnios de verdade” porque, provavelmente, estes vão existir através deste método.

O estudo foi publicado no jornal Science em julho.

ZAP //

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12 Comments

      • Conhecimento é muito bom… cultura geral também.
        Ele refere-se certamente aos macacos , etc… que vivem na India, Japão, China etc etc… quem já viu pelo menos um programa sobre eles na TV sabe isso.
        Em vez de futebol, leia, veja programas úteis.

  1. è das merdas mais parvas que podemos fazer, nós não precisamos destas experiências que só trazem mal ao mundo alterar a natureza mas enfim se eu manda-se…

  2. Unicórnios… lol. Se é isso que os cientistas querem desta tecnologia estamos bem tramados. E quando o unicórnio ou outros animais se transformarem num vector de propagação de mais doenças entre espécies? Estes cientistas não passam de capitalistas a criarem “produtos” vivos sem um propósito no ecosistema. E que tal utilizar a ciência para o bem comum em vez de fantasias económicas?

  3. Provavelmente estamos com um problema a nível mundial, pelo facto de O Homem querer fazer passar-se por Deus.
    Bando de imbecis, sou a favor do progresso e das novas tecnologias, em proveito do bem estar humano, e desde que se mantenha o equilíbrio Homem/Natureza, mas isto ultrapassa todos os limites, inclusive os da ética, e não se encaixa nos padrões que referi, em minha opinião

  4. Tanta coisa onde gastar tempo e dinheiro…
    Tratamento de doenças em humanos e prevenção de extinção de espécies, concordo. “Unicórnios”, OGM, comida transgénica e criação comercial de mutantes para produção alimentar… Livrem-nos deste mal, por favor!

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