Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) acordaram na quinta-feira novas sanções à Bielorrússia, podendo incluir empresas, em resposta à repressão das autoridades daquele país aos protestos pacíficos que decorrem há mais de três meses.
“Um dia, esgotaremos o número de indivíduos que podem ser sancionados. Mas agora temos de passar para questões mais sensíveis, como as sanções às empresas, que vão afetar o normal desenvolvimento da atividade económica”, disse em conferência Josep Borrell, chefe da diplomacia europeia, no final de uma reunião com os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, citado pelo Público.
Lamentando que não sejam visíveis “quaisquer sinais positivos por parte do regime de Lukashenko”, o responsável que os ministros concordaram “em prosseguir com a próxima ronda de sanções em resposta à brutalidade das autoridades e em apoio aos direitos democráticos do povo bielorrusso”.
Bruxelas já impôs o congelamento de bens e a proibição de entrada em território europeu a mais de 50 figuras do regime bielorrusso responsáveis pela violência e repressão, incluindo o Presidente Aleksander Lukashenko. O regime, contudo, não quer negociar com a oposição e continua a reprimir violentamente os protestos.
Borrell indicou que cada Governo deve propor a lista de empresas bielorrussas a sancionar ou o nome dos indivíduos, esperando-se que as novas sanções sejam aprovadas no próximo Conselho de Negócios Estrangeiros, a 07 de dezembro. Acrescentou ainda que a UE está a rever o sistema de ajuda financeira à Bielorrússia.