Cientistas descobriram um novo mineral criado no vulcão Tolbachik, que fica na Península de Kamchatka, no extremo leste da Rússia.
De acordo com o site Science Alert, 130 minerais foram identificados, primeira vez, no vulcão Tolbachik, sendo o mais recente um mineral a que os cientistas chamaram “petrovite”.
O espécime estudado foi descoberto em 2000. Duas décadas depois, a análise revelou que este mineral de um azul vibrante exibe características moleculares peculiares raramente observadas antes.
“O átomo de cobre na estrutura cristalina do petrovite tem uma coordenação incomum e muito rara de sete átomos de oxigénio“, explica, em comunicado, o cristalógrafo Stanislav Filatov, da Universidade de São Petersburgo, na Rússia.
“Essa coordenação é característica de apenas alguns compostos, bem como do saranchinaite [outro mineral colorido também descoberto, há alguns anos, em Tolbachik]”, acrescenta o principal autor do estudo publicado, em outubro, na revista científica Mineralogical Magazine.
No caso do petrovite, o mineral, que pensa cristalizar por precipitação direta a partir de gases vulcânicos, assume a forma de crostas criptocristalinas azuis, envolvendo um material piroclástico fino.
Notavelmente, a estrutura molecular do mineral – que consiste em átomos de oxigénio, sódio-enxofre e cobre – é efetivamente porosa por natureza, demonstrando caminhos interconectados que podem permitir que iões de sódio migrem através da estrutura.
Graças a este comportamento, e se for possível replicar a estrutura em laboratório, a equipa pensa que isto pode levar a aplicações importantes na ciência dos materiais, potencialmente possibilitando novas formas de desenvolver cátodos para usar em baterias e dispositivos elétricos.