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Governo admite criar mais dois escalões de IRS (para aliviar impostos da classe média)

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Manuel de Almeida / Lusa

As negociações entre o Governo e o PCP no âmbito da proposta do Orçamento de Estado para 2021 (OE2021) podem levar à criação de dois novos escalões de IRS, com o intuito de baixar a carga fiscal das famílias com rendimentos médios e baixos.

Esta possibilidade é admitida ao Correio da Manhã (CM) por fontes ligadas às negociações entre o Governo e os comunistas.

Quase certa é a criação de um oitavo escalão de 53% para os rendimentos acima dos 250 mil euros, uma proposta do PCP que “facilmente será acolhida pelo Governo porque terá um impacto mínimo nas receitas de IRS”, como constata o jornal, salientando que, “na prática, transforma em novo escalão a taxa adicional de solidariedade de 2,5% ou 5% que já se aplica àqueles valores para além da tributação em 48% em sede de IRS”.

É simplesmente “uma questão de princípio para sinalizar o compromisso de continuar o caminho de reposição dos 10 escalões, mais do que uma medida de redução da carga fiscal”, explica ao CM o deputado comunista Duarte Alves.

Contudo, o PCP pretende que o Governo vá mais longe no alívio da carga fiscal sobre os rendimentos dos contribuintes das classes média e baixa.

“Mais importante é aumentar o mínimo de existência“, considera no CM Duarte Alves, frisando que é preciso subir o patamar onde os contribuintes estão isentos de IRS dos actuais 9215,01 euros anuais para os 9770,53 euros.

Além disso, o PCP pretende “subir a dedução específica” aos rendimentos de IRS por contribuinte dos actuais 4104 euros para os 4300 euros anuais.

Com estas duas medidas conjugadas, “um cidadão com um salário de 1000 euros teria um alívio fiscal no final do ano de 45 euros“, repara o deputado.

Em alternativa a estas duas medidas que o Governo não estará muito disposto a aceitar, o PCP está a tentar forçar a criação de um nono escalão a meio da tabela de IRS, com o intuito claro de aliviar os impostos para as famílias das classes média e baixa.

 

 

ZAP //

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4 Comments

  1. Da vontade de rir. Um escalão para quem ganha acima de 250 mil. Quem os ganha? O que eles andam mesmo é com vontade de acabar com os ricos. Depois um aumento da treta na dedução específica que dá um aumento de um euro e meio por mês para quem ganhe mil euros. Para este desgoverno, quem ganhe 1000 euros já é rico. Acabar com os ricos e reduzir tudo à pobreza sempre foi o que esta corja dita “de esquerda” quiseram.

  2. nao sabes quem ganha ? és mesmo tótó…. o Salgado e outros banqueiros que tu adoras têm reformas de 1000000 (um milhão se não sabes matemática) de euros por mês…. daaaaahhhh

  3. Poupar 45 euros num ano? Mas que migalha é essa?
    Mais medidas de miséria! Só se fosse menos 45 € por mês de IRS e mesmo assim não era nada de especial.
    Melhorar a vida das pessoas tem que ser com algo que se veja!

    • Vou dar o meu exemplo pessoal: quando era casado (sou viúvo), pagávamos menos de IRS do que agora que passei a singular. Com uma reforma de € 650,00 e uma pensão de “sobrevivência” de € 400,00 – que também entra para o cálculo do IRS -, por morte de minha esposa, paguei este ano a quantia de quase € 1.600,00 de IRS referente a 2019. Ou seja, os subsídios de férias e de natal foram para pagar este imposto e ainda tive de tirar mais uns trocos a uma pensão. Será isto a tal “justiça social” que esta gente proclama? Da extrema-esquerda parlamentar até à extrema-direita, é tudo farinha do mesmo saco.

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