A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, alertou esta quinta-feira que a recuperação económica está a perder força mais rapidamente do que aquilo que era previsto devido à aceleração da pandemia em vários países europeus.
Como tal, deverá haver um reforço das medidas de estímulo monetário em dezembro, avisou. Será em dezembro que o BCE terá um novo conjunto de previsões económicas atualizadas, permitindo ao organismo tomar as medidas de estímulo monetário necessárias.
O BCE irá executar uma nova injeção no seu programa de resposta à pandemia, o PEPP, na ordem dos 500 mil milhões de euros, passando para os 1,850 biliões de euros, bem como estender o seu uso até ao final de 2021. As previsão são da economista do Pictet, Nadia Gharbi, em declarações ao Jornal de Negócios.
Para já, a opinião dos analistas é que o BCE vai esperar para ver os próximos dados económicos, bem como o desenvolvimento da crise sanitária, que continua a centrar as atenções dos países do continente.
Num comunicado lido na habitual conferência de imprensa da presidente do Banco Central Europeu (BCE), informou-se que vão continuar as compras de dívida pública ao abrigo do programa excecional de intervenção contra a crise pandémica. Estas compras, explica o Observador, vão ser flexíveis no que diz respeito à repartição “entre países”.
Assim, o BCE vai tentar contrariar eventuais movimentos de pressão sobre a dívida de países considerados mais frágeis economicamente.
E vai continuar a marinar em lume brande pelo menos até ao final de abril de 2021. Depois, com o aumento das temperaturas, haverá alguma retoma. Isto obviamente se não surgir uma vacina ou tratamento antes.
A travessia do deserto vai ser longa.