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Estudo revela: adeptos no estádio fazem diferença nos resultados e… nos árbitros

A vantagem de jogar em casa caiu significativamente durante o confinamento. E até os árbitros alteraram os seus comportamentos.

“Animal Spirits in the Beautiful Game – Testing social pressure in professional football during the COVID-19 lockdown” é o nome do estudo realizado por Carlos Cueva. Traduzindo para português, é um documento sobre a pressão social no futebol durante o confinamento associado à Covid-19.

Os números foram publicados há cerca de um mês e, agora que o público vai voltando aos estádios portugueses (e nesta quinta-feira o Sporting de Braga vai ter adeptos na estreia na Liga Europa), recordamos estes dados.

Neste “espírito animal no jogo bonito”, a análise envolveu 41 ligas profissionais, de 30 países – as ligas europeias dominam, mas também há estatísticas de alguns campeonatos da América e da Ásia. Ao todo, foram estudados números de mais de 230 mil jogos de futebol (entre eles, mais de 7 mil da I Liga portuguesa), realizados desde 1993 até ao presente ano. Nesse número total estão incluídos quase 3 mil jogos à porta fechada.

O autor do estudo revela que chegou a duas conclusões principais relacionadas com a ausência de público nos estádios: quando se joga em casa, a probabilidade de se vencer cai para metade; e os árbitros passaram a ser mais “simpáticos” com as equipas visitantes. E, por isso, vê-se que a pressão dos adeptos faz mesmo diferença – nos resultados e nos árbitros.

Um número fundamental que revela que a presença de adeptos faz mesmo diferença é que, antes da aparição do coronavírus, as equipas tinham mais 16% de probabilidade de vencer em casa do que fora do seu estádio – mas, a partir do momento em que os estádios ficaram vazios, essa percentagem desceu para 8%, ou seja, para metade.

Outra conclusão interessante está relacionada com as decisões das equipas de arbitragem.

Desde que o público desapareceu das bancadas, a equipa da casa passou a ser punida mais vezes: o número de faltas cometidas (e assinaladas) aumentou 10%, o número de cartões amarelos subiu 22% e o número de expulsões subiu 33%. Tudo em relação à equipa que joga em casa, convém reforçar.

NMT, ZAP //

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