Em busca de mil milhões de euros. Banca avança com ação para ficar com obras de arte de Berardo

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António Cotrim / Lusa

A Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP e Novo Banco avançaram esta semana com a ação principal contra a Associação Coleção Berardo, a dona das obras de arte do empresário madeirense e cujos títulos de participação se encontram penhorados.

De acordo com o jornal ECO, os três bancos pretendem confirmar o direito a executar as obras de arte do empresário madeirense Joe Berardo.

Esta ação era aguardada depois de a providência cautelar interposta pela instituições financeiras há mais de um ano ter impedido a Associação Coleção Berardo, da qual Joe Berardo é presidente, de dispersar e vender as obras de arte que estão expostas no museu localizado no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, ao abrigo de um contrato de comodato com o Estado.

Berardo deve à CGD, BCP e Novo Banco quase mil milhões de euros.

Assim, com o processo que deu entrada esta terça-feira no Tribunal da Comarca de Lisboa, estes bancos esperam que o tribunal venha a determinar a penhora das obras de arte para efeitos de execução daquelas dívidas.

Contactada pelo ECO, fonte oficial ligada ao empresário madeirense diz desconhecer a ação em causa.

Em 20 de abril de 2019, CGD, BCP e Novo Banco entregaram no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa uma ação executiva para cobrar dívidas de Joe Berardo, de quase 1.000 milhões de euros, executando ainda a Fundação José Berardo e duas empresas ligadas ao empresário. O valor em dívida às três instituições financeiras totaliza 962 milhões de euros.

O processo disciplinar foi iniciado depois de Berardo ter feito declarações no Parlamento consideradas desrespeitosas por vários grupos parlamentares. De acordo com a lei das ordens, o empresário enfrenta uma pena que vai da advertência até à perda das condecorações.

ZAP //

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