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Estado gastou mais de 30 milhões com advogados em 5 anos (só do Banco de Portugal saíram 24 milhões)

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As entidades públicas assinaram contratos de mais de 30 milhões de euros com as dez maiores sociedades de advogados do país apenas nos últimos cinco anos. Só o Banco de Portugal contratou serviços por 15 milhões a duas dessas empresas.

O Estado gastou mais de 30 milhões de euros com serviços de advogados nos últimos cinco anos, conforme dados recolhidos pelo jornal Público no portal de contratos públicos.

A sociedade de advogados Vieira de Almeida, a segunda maior do país, arrecadou o valor mais elevado com contratações públicas de 11,5 milhões de euros.

A ibérica Cuatrecasas assinou contratos de prestações de serviços com entidades públicas no valor de 7,6 milhões de euros.

Dos 18 milhões de euros pagos pelo Estado a estas duas sociedades de advogados, o Banco de Portugal (BdP) desembolsou 15 milhões de euros.

De resto, o BdP é a única entidade pública da lista consultada pelo Público que fez contratos para prestação de serviços jurídicos com valores superiores a 1 milhão de euros.

No período entre 2015 e 2019, o BdP gastou cerca de 24 milhões de euros com sociedades de advogados.

Vários dos contratos assinados com estas firmas foram feitos por ajuste directo, nomeadamente com a Vieira de Almeida. O Público contabiliza “cinco ajustes directos, entre Julho de 2015 e Junho de 2018, num somatório de 9,3 milhões de euros” com esta sociedade de advogados.

Aquele valor “representa 81% do valor dos contratos realizados com entidades públicas [pela Vieira de Almeida] ao longo dos cinco anos analisados”, de acordo com o mesmo jornal.

O BdP celebrou ainda “seis ajustes directos no valor global de 5,7 milhões de euros” com a Cuatrecasas, o que representa “75% do total de contratos assinados por esta sociedade nestes cinco anos”, ainda segundo o referido diário.

O contrato mais alto assinado por ajuste directo pelo BdP aconteceu em Junho de 2018, envolvendo a Vieira de Almeida e um valor de 4,85 milhões de euros. O supervisor bancário justificou o ajuste directo com “motivos de urgência imperiosa resultante de acontecimentos imprevisíveis” para “serviços de assessoria jurídica e de patrocínio judiciário”.

Em Março de 2019, o BdP assinou mais um contrato por ajuste directo com a Cuatrecasas por 3 milhões de euros.

Apesar de estes dois últimos ajustes directos se prolongarem por um período de três anos, o que significa que ainda estão em vigor, o BdP voltou a contratar novos serviços jurídicos à Vieira de Almeida por 890 mil euros.

ZAP //

3 Comments

  1. Os advogados são, de longe o maior cancro de Portugal!!
    O facto de boa parte dos políticos portugueses serem advogados não é apenas coincidência!…

  2. Isto deve ter sido para pagar ou distribuir pelos amigos parasitas e não para pagar serviços.

    Mais uma vez paga o Zé Povinho.

    Gatunos

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