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Os lobos cuidam da sua matilha há, pelo menos, 1,3 milhões de anos

Tambako the Jaguar / Flickr

Restos fósseis de espécimes de um lobo ancestral, que viveu há 1,3 milhões de anos, revelam evidências de que existia um especial cuidado entre os membros da matilha nesta espécie canina.

Uma equipa de cientistas encontrou restos fósseis de espécimes de Canis chihliensis no norte da China, com lesões debilitantes nas mandíbulas e nas pernas, que mostraram que estes animais desenvolveram um comportamento de grupo que os ajuda a viver e caçar em matilhas que remonta há, pelo menos, 1,3 milhões de anos.

“Predadores de topo são raros no registo fóssil devido à sua posição na pirâmide alimentar. As lesões devastadoras que curam são ainda mais raras. Fósseis que preservam lesões grotescas do passado distante fascinam os paleontólogos há muito tempo”, afirmou Xiaoming Wang, curador de paleontologia de vertebrados no Museu de História Natural do Condado de Los Angeles, citado pelo EurekAlert.

O esqueleto encontrado na Bacia de Nihewan, um conhecido local da Idade do Gelo no norte da China, revela que C. chihliensis era um grande canino com mandíbulas e dentes fortes, que se alimentava de carne e quebrava ossos com alguma facilidade.

(dr) Haoweng Tong et al.

Este estudo, cujo artigo científico foi publicado na PeerJ, representa o primeiro registo conhecido de infeção dentária em C. chihliensis, uma provável consequência do esmagamento do osso até atingir a medula interna – um comportamento que que os lobos modernos adotam quando caçam presas maiores do que eles.

Um C. chihliensis também fraturou gravemente a canela, um ferimento que deve ter incapacitado o lobo. O animal acabou por sobreviver, o que sugere que, enquanto recuperava, o lobo obteve comida com o apoio de uma matilha.

ZAP //

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