Um tribunal superior em Santa Cruz, EUA, acusou esta quinta-feira uma prostituta de luxo pela morte de um executivo da Google, com uma dose letal de heroína, e de fugir do seu iate na Califórnia.
A arguida, Alix Catherine Tichleman, de 26 anos, ficou em prisão preventiva após ouvir a acusação criminal, que inclui os crimes de homicídio involuntário, prostituição, destruição de provas e posse de substância proibida, segundo o Tribunal Superior de Santa Cruz, na Califórnia, Estados Unidos da América (EUA).
A fiança ficou fixada em 1,5 milhões de dólares (1,1 milhões de euros) e a arguida deverá voltar a tribunal a 16 de julho para a sua próxima audição, segundo a agência noticiosa AFP.
Tichleman foi detida na sexta-feira pela polícia da cidade de Santa Cruz, que a identificou como a mulher filmada pelas câmaras de videovigilância do iate onde o executivo Forrest Hayes, de 51 anos, foi encontrado morto de overdose, em novembro passado.
O vídeo mostra Hayes a sofrer de “complicações médicas” e a perder os sentidos depois de ser injetado por Tichleman e mostra a seguir a prostituta a sair do local, em vez de tentar socorrer a vítima ou chamar os serviços de emergência, relatou a polícia.
“A senhora Tichleman trata de recolher os seus pertences, incluindo a heroína e as agulhas”, explicou a polícia em comunicado.
O vídeo, acrescenta o mesmo texto, mostra ainda a suspeita “a pisar o corpo da vítima várias vezes, enquanto passava para recolher os objetos”.
A certa altura, Tichleman pisa o corpo de Hayes para acabar um copo de vinho, adiantam os inspetores, que acrescentam que a prostituta ainda teve tempo de baixar as cortinas antes de sair do iate, para esconder a visualização da vítima.
O corpo de Hayes foi encontrado na manhã seguinte.
A mulher foi detida a 4 de julho num hotel de luxo, depois de os investigadores a atraírem sob pretexto de um encontro com um cliente rico.
Tichleman é uma acompanhante de luxo que teria uma “relação de prostituição de longo prazo” com Hayes, segundo a polícia.
Segundo o obituário publicado num jornal local, Hayes trabalhara em empresas tecnológicas como a Sun Microsystems e a Apple antes de ser contratado pela Google.
/Lusa
Executivo abandonado à morte no seu iate por uma prostituta de luxo com uma overdose de heroína. Aparentemente, viveu e morreu feliz.