O ex-presidente do SL Benfica, João Vale e Azevedo, ofereceu-se para colaborar com o Ministério Público no âmbito da Operação Lex. Em causa está a possível intervenção de alguns arguidos em casos que o envolveram.
João Vale e Azevedo quer ajudar o Ministério Público no âmbito da Operação Lex, na qual o ex-juiz Rui Rangel e a sua mulher Fátima Galante são investigados por corrupção. De acordo com o jornal Público, o antigo presidente do Benfica justifica o pedido de constituição como assistente com a possível intervenção de alguns dos arguidos da Operação Lex em casos que o envolveram.
O atual presidente do SL Benfica, Luís Filipe Vieira, e o antigo presidente do Tribunal da Relação de Lisboa Luís Vaz das Neves são alguns dos arguidos da operação Lex.
Vale e Azevedo invoca uma norma que permite a qualquer pessoa em processos de corrupção funcionar como colaborador do Ministério Público. O requerimento deu entrada há dias no Supremo Tribunal de Justiça. Tudo está dependente da aceitação do juiz de instrução e dos os advogados de todos os arguidos.
O ex-futebolista João Pinto é um dos assistentes no processo, uma vez que uma das distribuições de processos que terá sido viciada envolve o antigo jogador do Benfica e no qual foi o único condenado.
Inicialmente, o empresário José Veiga e mais dois dirigentes desportivos também foram condenados. A decisão acabou por ser revertida pela Relação de Lisboa, com Veiga e os outros dois dirigentes a serem absolvidos.
Meses antes, um oficial de justiça que trabalhava com Rui Rangel na Relação, que também é arguido no caso, recebeu um email de José Veiga sobre o recurso que este pretendia apresentar da condenação. O oficial de justiça, escreve o Público, remeteu o email para Rangel e para um colega seu, Rui Gonçalves, que acabou por ser o juiz relator do caso.