Filho de um ex-futebolista do Chelsea, Jake Peacock é um talento em ascensão de muay thai, embora tenha nascido sem a mão e o antebraço direito.
Jake Peacock nasceu sem a mão e sem o antebraço direito devido a um defeito no cordão umbilical. No entanto, isto não foi impedimento para que o britânico cumprisse o seu sonho e se tornasse um lutador profissional de muay thai, uma arte marcial também conhecida popularmente como boxe tailandês.
Jake é filho de Gavin Peacock, ex-futebolista que representou o Chelsea entre 1993 e 1996. Acabou por não seguir as pisadas do pai no futebol e aventurou-se nas Artes Marciais Mistas, ou Mixed Martial Arts (MMA).
“As pessoas pensavam que eu não conseguia fazer certas coisas. As pessoas pensavam que eu precisava de ajuda para tudo e para nada”, disse o lutador citado pela CBS Sports. “Obviamente, às vezes, os olhares e o bullying vieram junto com isso. Mas isso realmente moldou quem eu sou hoje”.
No seu primeiro combate oficial, Peacock derrotou Mike Taylor com um knockout nos segundos iniciais do primeiro round. Na sua estreia na Lion Fight, a principal liga de Muay Thai na América do Norte, Peacock voltou a vencer, desta feita após desferir um pontapé certeiro, novamente no primeiro round.
Desde sempre, Jake Peacock lidou com insultos devido à sua deficiência física. O próprio relata que havia quem ligasse para casa dos seus pais e deixasse mensagens de voz sobre o seu braço. Quando ainda jogava futebol, havia até pais que gritavam insultos para dentro do campo. “Eu ficava furioso o tempo todo. Só queria lutar contra o mundo”, disse.
Peacock confessa que entrou para as artes marciais numa tentativa de encontra a sua identidade e impressionar as pessoas. Apesar de muitos o desencorajarem, nunca desistiu da ideia de se tornar lutador profissional.
Com apenas sete anos entrou para o karaté, incentivado pela sua mãe. Três anos mais tarde já participava em competições a nível nacional e internacional.
Agora, no Muay Thai, Peacock diz que, independentemente do adversário com quem vá lutar, treina sempre como se tratasse do melhor do mundo.
“Eu gostava que as pessoas dissessem que eu sou um bom lutador, porque sou um bom lutador e não porque só tenho uma mão“, atirou.
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