O juiz Ivo Rosa, que dirigiu a instrução do processo Operação Marquês, recebeu uma carta do secretário-geral da ONU, António Guterres, a convidá-lo a manter-se por dois anos numa bolsa de magistrados ligada às Nações Unidas.
Segundo adiantou à agência Lusa uma fonte ligada ao Conselho Superior da Magistratura (CSM), o juiz Ivo Rosa resolveu dar conhecimento deste convite endereçado por António Guterres a este órgão de gestão de disciplina dos juízes.
De acordo com a mesma fonte, Ivo rosa já integrava esta bolsa de juízes da ONU, sendo o convite do antigo primeiro-ministro português e atual secretário-geral das Nações Unidas agora dirigido para nele permanecer por mais dois anos.
O convite ao juiz Ivo Rosa será dado conhecimento aos membros do Conselho Superior de Magistratura na reunião deste órgão marcada para esta terça-feira.
O juiz Ivo Rosa já concluiu a fase de instrução do processo Operação Marquês, que tem como principal arguido o ex-primeiro-ministro José Sócrates, mas devido à complexidade do processo ainda não marcou data para a leitura do despacho de pronúncia que determinará quem irá ou não a julgamento neste processo relacionado com corrupção, branqueamento de capitais e outros crimes de natureza económico-financeira.
A Operação Marquês tem 28 arguidos – 19 pessoas e nove empresas. José Sócrates está acusado de três crimes de corrupção passiva de titular de cargo político, 16 de branqueamento de capitais, nove de falsificação de documentos e três de fraude fiscal qualificada.
Entre os arguidos estão Carlos Santos Silva, Henrique Granadeiro, Zeinal Bava, Armando Vara, Bárbara Vara, Joaquim Barroca, Helder Bataglia, Rui Mão de Ferro e Gonçalo Ferreira, empresas do Grupo Lena (Lena SGPS, LEC SGPS e LEC SA) e a sociedade Vale do Lobo Resort Turísticos de Luxo.
// Lusa
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