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Hotel com 300 metros de altura está por inaugurar há 30 anos

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Nicor / Wikimedia

Ryugyong Hotel em Pyongyang, Coreia do Norte.

Há um hotel na Coreia do Norte, com 300 metros de altura, por inaugurar há 30 anos. Começou a ser construído em 1987 como resposta à Coreia do Sul, que tinha construído o hotel mais alto do mundo.

Em Pyongyang, capital da Coreia do Norte, está para ser inaugurado um hotel há 30 anos. O arranha-céus em forma de pirâmide com 300 metros de altura foi projetado para abrigar mais de 3.000 quartos e cinco restaurantes com vista panorâmica. O hotel tinha inauguração marcada para 1989, mas desde então ainda não abriu ao público.

O Ryugyong Hotel surgiu como resposta à Coreia do Sul, que tinha acabado de construir o hotel mais alto do mundo. Não querendo ficar atrás do seus vizinhos, a Coreia do Norte começou a construir o Ryugyong em 1987. Cinco anos depois atingiu a altura planeada, mas continuou sem janelas durante 16 anos, escreve o Diário de Notícias.

Já foi revestido de metal e vidro e equipado com LEDs, mas a intermitência das obras de construção faz com que continue desocupado 30 anos depois.

Em 1989, Pyongyang organizou o Festival Mundial de Jovens e Estudantes de 1989, uma espécie de versão socialista dos Jogos Olímpicos. Como tal, era o propósito ideal para avançar com a construção deste hotel megalómano.

A construção do hotel acabou por não terminar a tempo do evento devido a problemas de engenharia. Além do hotel, a Coreia do Norte construiu um novo estádio, expandiu o aeroporto e pavimentou novas estradas.

Embora a ‘carcaça’ do hotel tenha sido concluída, no interior ainda há muito por fazer. Em 1992, as obras foram abandonadas.

“Eles não tinham materiais de construção avançados, então foi construído inteiramente em betão. Não se pode construir uma torre esguia dessa forma, é preciso ter uma base maciça com um topo cónico. Se olhar para a história da construção na Coreia do Norte desde o fim da Guerra da Coreia, a maioria dos edifícios é feita de betão: esse é o material com o qual eles estão familiarizados, e a transferência de tecnologia entre os estados soviéticos ou comunistas é puramente baseada em betão”, disse o arquiteto Calvin Chua, em declarações à CNN.

ZAP //

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