Surpresa no Estádio de Alvalade. O favorito Manchester City não correspondeu às expectativas e caiu aos pés do Lyon.
Os franceses, com Anthony Lopes na baliza, venceram por 3-1, numa demonstração de astúcia táctica e “cinismo”, aproveitando da melhor forma o pendor ofensivo e domínio dos ingleses para desferir golpes certeiros. De nada valeu Kevin De Bruyne aos comandados de Pep Guardiola. Já os de Rudi Garcia têm encontro marcado com o Bayern nas meias-finais da Liga dos Campeões.
Sem surpresa, o City começou a partida dominador, com muita posse de bola, que aos 20 minutos era de cerca de 62%, mas os gauleses mostravam ter a lição bem estudada e nesta fase os ingleses não registavam qualquer remate. Ao invés, o Lyon somava um, enquadrado, pelo brasileiro ex-Nacional da Madeira, Marçal. A formação de Guardiola somava três acções com bola apenas na área contrária, ainda assim mais uma que os franceses no lado oposto do terreno.
O jogo estava longe, muito longe do que se vira no dia anterior, no Estádio da Luz, no embate entre Bayern e Barcelona, sem emoção ou ocasiões de golo. Mas o Lyon acabaria por inaugurar o marcador, ao aproveitar ao máximo o adiantamento contrário. Aos 24 minutos, Karl Toko Ekambi isolou-se após passe em profundidade, a defesa do City conseguiu afastar, mas a bola sobrou para Maxwel Cornet, que atirou para a baliza deserta.
Dois remates, dois enquadrados, um golo para os disciplinados comandados de Rudi Garcia, e ingleses ainda a zeros em disparos. O primeiro remate do City surgiu somente aos 31 minutos, por Ilkay Gündogan, enquadrado, e marcou o início de um período de maior pressão dos homens de Manchester em busca do empate.
Os ingleses partiram para o ataque, registando cinco disparos até ao intervalo, três deles enquadrados, e com duas ocasiões flagrantes desperdiçadas na etapa inicial, uma por Gündogan, outra por Raheem Sterling. O domínio era absoluto, com 68% de posse de bola. Já o controlo do jogo ainda estava nas mãos gaulesas.
A história repetiu-se no arranque do segundo tempo. City com muita bola, Lyon com o único remate, desta feita desenquadrado, com Kevin De Bruyne (60′) a registar o primeiro disparo dos “citizens” no segundo tempo, para boa defesa de Anthony Lopes. Estava-se a ver que até final os ingleses iam assentar arraiais no meio-campo contrário e o Lyon iria fechar todos os caminhos para a sua baliza. E foi isso que aconteceu.
Aos 69 minutos, porém, Sterling fugiu pela esquerda da grande área, foi até à linha e cruzou atrasado para a entrada de De Bruyne. O belga rematou rasteiro e colocado para o 1-1, ao quarto disparo da sua equipa no segundo tempo, segundo com boa direcção. O “boost” de confiança passada todo para o lado dos homens de Guardiola e ainda com muito para se jogar.
Mas mais uma vez, o “cinismo” francês fez estragos, aos 79 minutos. Recuperação de bola do meio-campo do OL, Houssem Aouar fez um passe a rasgar para isolar o recém-entrado Moussa Dembele e este, perante Ederson, atirou a contar, ao terceiro disparo da equipa no segundo tempo, segundo enquadrado.
O City colocou “a carne toda no assador” e Sterling desperdiçou um golo feito, antes de Dembele tornar-se no herói saído do banco, fazendo o 3-1 para o Lyon aos 87 minutos, na recarga a uma defesa incompleta de Ederson. Estava consumada a surpresa da ronda no que toca a sucesso de um “underdog”.
Resumo
Kevin De Bruyne 8.0 – O melhor em campo, esse, não é surpresa para ninguém, dada a preponderância habitual no jogo dos “citizens”. De Bruyne jogou e fez jogar e merecia mais, tendo apontado o golo da sua equipa e terminado com o máximo de remates (6) e de enquadrados (4), bem como dois passes para finalização. Pecou nas perdas de posse, terminando com 34 em 76 acções com bola.
Fernando Marçal 7.4 – A influência do ex-nacionalista no jogo do Lyon é cada vez maior e o brasileiro foi o melhor dos surpreendentes gauleses. Para além de dois remates, ambos enquadrados, Marçal somou 12 acções com bola, com destaque para um corte verdadeiramente decisivo a evitar o golo de Sterling no primeiro tempo.
// GoalPoint
Falaram muito mal do comportamento e resultados do Benfica na Liga dos Campeões mas a verdade é que as equipas que nos eliminaram estão nas meias-finais!!!