É o maior número de vagas dos últimos anos colocadas a concurso para a contratação de médicos especialistas em medicina geral e familiar para o SNS.
De acordo com o jornal Público, o Ministério da Saúde abriu 435 vagas para a contratação de médicos recém-especialistas em medicina geral e familiar para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), mais 37 vagas em relação ao concurso da primeira época do ano passado.
Das 435 vagas, já se sabe que 185 dão direito a incentivos para atrair os médicos para zonas carenciadas do país. São mais 18 do que as lançadas no ano anterior.
Entretanto, o comunicado do Ministério da Saúde, citado pelo semanário Expresso, explica que entre estes incentivos estão o “acréscimo da remuneração base de 40%, um reforço de dois dias de férias, a possibilidade de participação em atividades de investigação clínica, e maior facilidade de mobilidade também para os cônjuges”.
Segundo o diário, das vagas colocadas a concurso, 216 situam-se na Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo, 86 na ARS Norte, 64 na ARS Centro, 34 na ARS Alentejo e 35 na ARS Algarve.
“Nunca como hoje, foi tão necessário que o SNS estivesse à altura dos desafios assistenciais como nesta época em que vivemos sob a ameaça da covid-19″, salienta o despacho conjunto dos ministérios da Saúde, Finanças e Modernização do Estado e da Administração Pública.
O Público escreve ainda que, tal como tem sido prática nos últimos anos, há mais vagas a concurso do que médicos formados, este ano, em medicina geral e familiar (394).
No ano passado, o Governo abriu 398 vagas e candidataram-se 370 profissionais, sendo que um foi excluído. No final, foram colocados 305 médicos de família.
Os sindicatos criticam a demora na abertura do concurso, que se atrasou devido à pandemia de covid-19. A Federação Nacional dos Médicos e o Sindicato Independente dos Médicos lembram que as notas dos internatos médicos foram homologadas a 16 de junho, e que a lei diz que o concurso deve ser aberto no prazo de 30 dias.