Os 27 partidos políticos venezuelanos que se opõem ao chavismo decidiram no domingo não concorrer às eleições legislativas agendadas para dezembro por considerá-las uma “fraude”.
Entre os partidos, estão aqueles com representação parlamentar, que assinaram um documento no qual expressam as suas dúvidas quanto à legitimidade do processo eleitoral, noticiou no domingo o Expresso.
“Tendo esgotado todos os nossos esforços a nível nacional e internacional para que tivéssemos um processo eleitoral competitivo (…) as organizações democráticas da Venezuela manifestam (…) que, de forma unânime, decidiram não participar na fraude eleitoral convocada pelo regime de [Nicolás] Maduro”, anunciaram num comunicado citado pela agência EFE.
O comunicado surge na sequência de um pedido dirigido na quinta-feira por ex-funcionários do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano ao Supremo Tribunal de Justiça, onde se solicitava que a convocatória para eleições legislativas fosse considerada nula por violar seis artigos da Constituição venezuelana.
“A lei fundamental é violada por todos os lados, em matéria eleitoral, com esta convocatória”, afirmou o ex-presidente do CNE, Andrés Caleca.
As eleições visam a escolha de 277 deputados que formarão a nova Assembleia Nacional.