Olhanense é um dos clubes que contesta a decisão relativamente às promoções à 2.ª Liga. FPF não responde aos algarvios e a UEFA remete a decisão para a FPF.
A decisão que levou à promoção do Arouca e do Vizela à 2.ª Liga continua a gerar polémica. O Olhanense contesta a subida destas duas equipas ao segundo escalão do futebol português e até contactou a UEFA para ajudar com a situação.
Para além dos algarvios, Benfica de Castelo Branco, Praiense, Lusitânia de Lourosa, Fafe e Real SC estavam em posição de acesso aos playoffs de subida. No entanto, a decisão de colocar um fim prematuro à competição levou a optar pela promoção do Arouca e do Vizela, as equipas que somavam mais pontos até à interrupção do Campeonato de Portugal.
O presidente da SAD do Olhanense, Luís Torres, enviou uma carta ao presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, “a contar tudo, o historial das decisões, os critérios, o porquê dos critérios, os comunicados da Federação”.
A resposta da UEFA acabou por não ir de encontro às expectativas do emblema de Olhão. O organismo máximo que tutela o futebol europeu remeteu o caso para Federação Portuguesa de Futebol.
“Mandaram-nos falar com a Federação, é verdade, o problema é que a Federação não fala connosco. Já mandámos 25 emails a Fernando Gomes e não nos responde. O que a UEFA nos mandou fazer é o que andamos a tentar fazer desde o dia 2 de maio”, começou por dizer Luís Torres ao jornal A BOLA.
“O que me faz mesmo confusão é que recebemos resposta do presidente da UEFA em dois dias, dois dias! E a Federação há mais de mês e meio que não nos responde. O senhor Ceferin pelos vistos tem menos trabalho que o senhor Fernando Gomes e conseguiu responder rapidamente a email que era bem extenso”, acrescentou.
O presidente da SAD do clube algarvio diz que também já tentou contactar o secretário de Estado do Desporto e o Presidente da República. Luís Torres estará presenta numa manifestação, esta terça-feira, na Cidade do Futebol, na qual se vai apelar a que se faça justiça nas promoções à 2.ª Liga.
“São situações absurdas que vão ter de ser pagas pela FPF num futuro próximo, são decisões ilegais, e basta ver o que está a acontecer nos tribunais em França”, salientou Luís Torres, referindo-se à anulação das despromoções do Amiens e do Toulouse.