A Rainha Isabel II participou na sua primeira videoconferência pública para conversar com quatro cuidadores informais sobre os desafios que enfrentam para tratar de pessoas próximas durante a pandemia de covid-19.
A Rainha Isabel II, de 94 anos, participou na iniciativa, na semana passada, no âmbito da Semana dos Cuidadores [Carers Week] no Reino Unido, juntamente com a filha, a Princesa Ana, que é presidente da fundação Carers Trust.
“Foi interessante ouvir todas as vossas histórias e estou muito impressionada com o que vocês já alcançaram. Estou muito feliz por poder juntar-me a vocês“, disse a monarca, durante o vídeo divulgado, esta quinta-feira, nas contas das redes sociais da família real.
Durante o encontro virtual, a monarca ouviu falar sobre o isolamento e as dificuldades que os cuidadores informais enfrentam durante a pandemia de covid-19. Mantendo o protocolo real, a soberana foi a última a entrar na videoconferência e a primeira a sair.
Existem cerca de sete milhões de pessoas em todo o Reino Unido que cuidam de um familiar ou pessoa próxima sem serem remuneradas e a maioria não tem experiência, fazendo-o porque são maridos ou esposas, filhos ou filhas, ou mesmo um vizinho que quer ajudar.
Outros membros da família real, incluindo o herdeiro do trono, o príncipe Carlos, e o filho primogénito, o príncipe William, têm participado em várias chamadas de videoconferência durante a pandemia para ajudar em certas iniciativas.
William, por exemplo, revelou, durante o último fim-de-semana, que tem estado a trabalhar anonimamente como voluntário numa linha de apoio a pessoas isoladas durante o confinamento.
Atualmente, a Rainha Isabel II está a residir no castelo de Windsor, nos arredores de Londres, juntamente com o marido, o príncipe Filipe, que celebrou 99 anos na quarta-feira. Em maio, fontes da casa real garantiram que ambos vão manter-se isolados por tempo indeterminado.
A monarca completou 94 anos a 21 de abril, mas as comemorações oficiais têm lugar habitualmente no segundo sábado de junho, num evento com uma parada e banda de música militar em Londres, que terá lugar este sábado.
Devido às restrições relacionadas com a pandemia, o desfile será reduzido e sem as habituais multidões populares, mas será transmitido na televisão.
O Reino Unido registou, até ao momento, 41.279 mortos desde o início da pandemia, de acordo com os números do ministério da Saúde britânico, o que faz do país o segundo a nível mundial com o maior número de mortes, atrás dos Estados Unidos.
ZAP // Lusa