Exército comprou drones para detetar fogos. Nunca foram usados para esse fim

Paulo Cunha / Lusa

Os drones comprados para o Exército, no final de 2017, cuja principal missão seria a deteção de incêndios, nunca foram usados para esse fim.

Depois dos incêndios de 2017, que fizeram mais de cem vítimas mortais, o Governo investiu 5,8 milhões de euros para comprar 36 drones para o Exército, cuja principal missão seria a deteção de incêndios.

Porém, avança o Jornal de Notícias, os drones, que começaram a chegar em 2018, nunca foram requisitados para esse fim. Em declarações ao diário, o Exército explicou que estão, sim, “a ser utilizados em operações militares, no apoio de missões de vigilância e reconhecimento, além do normal processo de formação e treino”.

O JN avança que estes veículos nunca foram solicitados pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), nem pela GNR ou pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).

O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) deste ano também não os prevê, no entanto, assegura o jornal, o Executivo vai gastar mais 4,5 milhões de euros para comprar mais 12 drones, que ficarão nas mãos da Força Aérea (FAP).

Na justificação desta compra, há duas semanas, cuja despesa será assumida pelo Fundo Ambiental, o Governo invocou a “necessidade urgente de vigilância aérea adicional”.

ZAP //

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