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Já há 100 mortos por Covid-19 em Portugal. Infectados sobem para 5170 (mais de 700 são profissionais de saúde)

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Manuel de Almeida / Lusa

A ministra da Saúde, Marta Temido (dta.), com a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, em conferência de imprensa sobre a epidemia Covid-19

O número de pessoas infectadas com o coronavírus em Portugal subiu para 5170. São 902 novos casos confirmados nas últimas 24 horas, o que representa um acréscimo de 21%. Entre os infectados há 754 profissionais de saúde. E já morreram 100 pessoas.

A taxa de mortalidade de Covid-19 em Portugal é de 1,9%, mas na faixa etária dos maiores de 70 anos sobe para 7,9%, segundo a ministra da Saúde, Marta Temido.

Além dos 5170 casos confirmados, a ministra revela que há 4938 casos à espera de resultados.

Entre os 5170 infectados, há 754 casos que se referem a profissionais de saúde, como revelou a directora-geral de Saúde, Graça Freitas.

Cerca de 89% dos doentes estão a ser tratados em casa. Internadas estão 418 pessoas, das quais 89 nos Cuidados Intensivos.

Os infectados recuperados continuam nos 43 pacientes.

Marta Temido revelou ainda que a listagem actualizada neste sábado, com os 5170 casos confirmados, “já não apresenta os casos estrangeiros que foram imputados às suas regiões”. No mapa divulgado na sexta-feira apareciam 21 casos atribuídos ao estrangeiro que diriam respeito a cidadãos de outras nacionalidades. No mapa de hoje já não há qualquer referência a casos estrangeiros.

Pico vai ser no fim de Maio e será “um planalto de casos”

Avaliando os resultados, Marta Temido antevê que o pico da epidemia seja “adiado para final de Maio“, o que indicia que “as medidas de contenção que temos adoptado, designadamente ficar em casa, estão a ser efectivas”.

A ministra alerta, contudo, que “continuamos a estimar um número muito elevado de casos, mais elevados ainda, de Covid-19″, o que vai exercer “uma enorme pressão sobre o Serviço de Saúde português e sobre todos nós”.

Graça Freitas reforça a ideia de que as medidas de contenção, como o encerramento das escolas, tiveram os resultados esperados. “Era um dos nossos grandes objectivos. O que já prevemos é que o pico não vai ser de um dia apenas, vai ser um planalto de casos mais ou menos semelhantes durante vários dias”, revelou ainda a directora-geral de Saúde.

Esta responsável também notou aos jornalistas que a DGS consegue, neste momento, fazer “projecções a uma semana” quanto ao número de casos, de modo a “prever o impacto” da epidemia. “Tudo indica que as medidas de contenção que foram tomadas estão a abrandar a curva”, salienta  Graça Freitas recusando-se a divulgar os números das projecções.

Situação dos lares é a que mais preocupa

Marta Temido frisa ainda que a possibilidade de prescrição directa de testes pela Linha de Saúde 24 permitiu um crescimento no número de testes realizados, revelando que entre 1 e 26 de Março “foram realizados cerca de 40 mil testes”.

A ministra também nota que chegaram nas últimas horas “mais equipamentos de protecção individual” para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e que se esperam ainda mais materiais, como respiradores, máscaras cirúrgicas, batas e luvas.

“O maior desafio”, neste momento, “são as unidades de cuidados continuados, as residências para idosos e os lares“, realça a ministra, apelando ao aparecimento de “voluntários com competências técnicas” que possam surgir “na substituição de cuidadores que precisem de ir para quarentena”.

“Nesta fase, o objectivo é reduzir a transmissão da infecção e mitigar os efeitos da doença”, realça ainda Marta Temido, deixando um apelo aos portugueses para manterem o isolamento e o distanciamento social, resistindo ao bom tempo que se faz sentir.

Hoje é sábado, está sol, mas não é um dia comum. O número de doentes que vamos ter depende de cada um de nós. Não vamos poder estar juntos como gostávamos nesta Páscoa, mas isso é essencial para podermos voltar a estar juntos”, destaca.

Sobre a redução da procura dos serviços de urgência no SNS, que caiu 30%, Marta Temido nota que “muita da procura que não aconteceu pode corresponder a pessoas que encontraram alternativas”. Contudo, “há o risco de ter doentes que chegam aos cuidados de saúde com a patologia mais agravada por estarem a retardar os cuidados”, reconhece a ministra, frisando que haverá uma tentativa de os encaminhar para “hospitais limpos”. “Estamos a trabalhar com várias autoridades de saúde na identificação daquilo que podem ser as circunstâncias mais prementes”, conclui.

ZAP //

3 Comments

  1. E na última gripe sazonal em Portugal morreram quase 4 mil mas ninguém fala desses.
    Na Europa morreram 100 mil na Europa toda.
    E o incêndio de Pedrogão Grande matou mais de 60 inocentes e ainda hoje estamos à espera de saber os nomes dos empresários que encomendaram esses fogos!!

  2. Estas duas senhoras parecem zombies, para elas está tudo a decorrer normalmente, têm dados que colocam infectados fora dos seus concelhos ou distritos de residência, dizem que a psoriose mata não é o COVID-19, etc.
    Não existem palavras para descrever a incompetência.

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