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“Aviso à Humanidade”. Parem de matar insetos, antes que seja tarde demais

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Metade do milhão de espécies animais e vegetais em extinção são insetos e os cientistas alertam, num “aviso à Humanidade”, que o seu desaparecimento pode ser catastrófico.

“A atual extinção de insetos é profundamente preocupante. No entanto, aquilo que sabemos é só a ponta do icebergue”, afirma à AFP Pedro Cardoso, biólogo do Museu Finlandês de História Natural e autor principal do estudo publicado, este domingo, na revista científica Biological Conservation.

“A atividade humana é responsável por quase todas as quedas e extinções na população de insetos”, acrescenta o investigador, entre as quais se inclui a diminuição e a degradação do habitat; o uso de poluentes, especialmente inseticidas; as espécies invasoras; a sobre-exploração (mais de 2000 espécies de insetos fazem parte da dieta humana) e as mudanças climáticas.

“Com a extinção de insetos, perdemos muito mais do que espécies. Muito insetos são provedores vitais de serviços insubstituíveis” — polinização, ciclagem de nutrientes e controlo de pragas são alguns desses casos.

Os cientistas estimam que o número de espécies de insetos se situa em cerca de 5,5 milhões. Deste, apenas um quinto dos animais foram identificados. “O número de espécies ameaçadas e extintas é lamentavelmente subestimado, porque muitas são raras ou ainda não foram descritas”, explica o biólogo.

A Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) avaliou apenas 8400 espécies de insetos do milhão em extinção que se sabe existir.

Há um quarto de século, os cientistas emitiram um primeiro “aviso à Humanidade” sobre o colapso da Natureza. Em 2017, emitiram um segundo aviso, assinado por 15 mil cientistas. Quantos avisos vão ser precisos para mudar?

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10 Comments

  1. «…Há um quarto de século, os cientistas emitiram um primeiro “aviso à Humanidade” sobre o colapso da Natureza. Em 2017, emitiram um segundo aviso, assinado por 15 mil cientistas. Quantos avisos vão ser precisos para mudar?…» – in ZAP aeiou

    Só 15 mil? Porquê que não foram quinze mil e um, ou quinze mil e quinhentos, se é assim tão grave?

    • Estive a fazer uma contagem e na realidade não foram 15.000 foram exatamente 15.105, as desculpas pela imprecisão da contagem.
      Qual a importância de ser 15105 e 15000 ou o que for, são muitos.
      Agora que o bicho homem anda a cavar a sua sepultura, é verdade, que a revolução industrial veio dar uma ajuda é verdade. Se não mudarmos a nossa forma de viver é esse o caminho, a sepultura da espécie.
      De certeza que as espécies sobreviventes vão sentir as diferenças, do desaparecimento da espécie dominante mas para muito melhor. E vão dizer até que enfim o equilibrio natural finalmente foi reposto.

  2. O Presidente João Lourenço vai finalmente decretar o fim da caça aos marimbondos, de imediato após a leitura deste artigo. Pfizer, Bayer, BASF pararam de imediato o fabrico nas linhas de medicamentos contra pulgas, percevejos, carraças e até chatos. Está proibida a caça aos gafanhotos no Sudāo.
    Ora se se forem encher de moscas!

  3. Pois é meus amigos comentadores, os insectos pertencem á NATUREZA que é mãe e assim os humanos a destroe.
    Pois há mosquitos porque matam quem se alimentava deles.
    É saber que na era romana não havia mosquitos, porque era alimentação que hoje os humanos mataram e matam quem os comia!
    O humano destroe o mundo, com guerras, odio, e tudo mais…

  4. Os 15105 e os restantes preocupados com os insetos que venham aqui ao Alentejo ver a nossa diversidade de bichos. Aqui temos espécies extintas desde a era dos Romanos.
    Então políticos milionários, ladrões e capitalistas é aos montes.

  5. Enquanto os humanos não se mentalizarem que sobretudo um controlo da natalidade poderá salvar o planeta, nada estará resolvido. Quando se houve falar em previsões de grande aumento da população mundial basta perceber que o planeta não aumentará de tamanho e que a casa começará a ficar apertada para tantos habitantes e o quintal com menos recursos, é apenas isto!.

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