Na passada quarta-feira, a sonda Parker Solar Probe da NASA aproximou-se como nunca do Sol, batendo o seu próprio recorde de aproximação ao nosso astro.
A aproximação ocorreu no passado dia 29 de janeiro, quando a sonda solar realizou o seu quarto sobrevoo ao Sol, observa o portal de Ciência Space.com.
Esta é a primeira manobra deste tipo, chamada de periélio, desde que a sonda da agência espacial norte-americana concluiu a sua aproximação a Vénus no passado mês de dezembro, exercício que reduziu a órbita da sonda.
Por volta das 19h30, a trajetória da Parker Solar Probe transportou a nave espacial a cerca de 18,6 milhões de quilómetros do Sol, cinco milhões de quilómetros a mais do que em voos anteriores. O recorde anterior pertencia também a esta sonda da NASA.
Antes do lançamento da Parker Solar Probe, nenhuma outra nave conseguiu estar a 43 milhões de quilómetros do Sol, recorde estabelecido pela missão Helios 2 em 1976.
Segundo a NASA, a Parker Solar Probe vai chegar perto o suficiente do Sol para captar a variação da velocidade do vento solar e ver o ‘berço’ das partículas solares de maior energia. Os cientistas querem perceber como a energia e o calor circulam através da coroa solar (constituída por plasma, gás ionizado formado a altas temperaturas) e explorar o que acelera o vento solar e as partículas energéticas.
Pela primeira vez, a NASA deu a uma sonda o nome de uma pessoa que está viva, neste caso o astrofísico norte-americano Eugene Parker, de 91 anos.
Parker é o ‘pai’ do conceito de vento solar que a sonda se propõe observar mais a fundo, ao viajar até bem perto da coroa do Sol, a camada mais externa da atmosfera da estrela, mais quente do que a sua superfície e de onde ‘saem’ partículas energéticas, sobretudo eletrões e protões.
Com o tamanho de um pequeno carro, a Parker Solar Probe tem uma esperança de vida de sete anos. O seu escudo térmico, feito à base de carbono, permite-lhe resistir a temperaturas superiores a mil graus Celsius na sua maior aproximação ao Sol.
“(…) 18,6 milhões de quilómetros do Sol, cinco milhões de quilómetros a mais (…)”
queriam dizer “a menos”